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Dono de empresa investigada por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas é preso durante operação da PF

Na casa do empresário na Barra da Tijuca foram apreendidos cerca de R$20 milhões

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de agosto de 2021 - 14:40
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O empresário Glaidson Acácio dos Santos, dono da empresa GAS Consultoria Bitcoin, foi preso na manhã desta quarta-feira (25) durante uma operação da Polícia Federal (PF) para combater uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo a movimentação de criptomoedas. Na casa de Glaidson, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foram encontrados montantes de dinheiro em dólares, euros e reais que chegam a uma soma de aproximadamente R$20 milhões. As informações são do Extra.

Além de Glaidson, Tunay Pereira Lima também foi detido no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, enquanto tentava embarcar em um voo para Punta Cana, na República Dominicana, para um evento da GAS.

De acordo com as investigações, a empresa sediada na Região dos Lagos, conduz um esquema de pirâmides financeiras baseado na oferta pública de contratos de investimento vinculados à especulação financeira no mercado de criptomoedas com promessas de retorno financeiro insustentável sobre o valor investido. Segundo a PF, Glaidson prometia aos seus clientes lucros de 10% ao mês sobre os investimentos em criptomoedas, mas sequer reaplicava a quantia investida. A instituição informou ainda que nos últimos seis anos, as empresas envolvidas nas fraudes realizaram movimentações bilionárias, metade das quais ocorreram nos últimos 12 meses.

Após a prisão de seu proprietário, a GAS informou aos seus investidores que os pagamentos serão realizados como de costume e que seus advogados já trabalham na soltura do acusado.

A Operação Kryptos contou com cerca de 120 agentes da PF que cumpriram 15 mandados de busca e apreensão, sete de prisões preventivas e dois de prisões temporárias no Ceará, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A ação é fruto de um trabalho conjunto da Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal e a Receita Federal que já vinham investigando a organização há 2 anos.

Os acusados responderam aos crimes de gestão fraudulenta, instituição financeira clandestina, emissão ilegal de valores imobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Caso condenados, os investigados podem cumprir pena de até 26 anos em regime fechado. 

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