Pilares da Cultura Preta são laureados no Prêmio Ubuntu
Evento contou com mais de 70 personalidades homenageadas
A noite do dia 26 de março, sábado, no Museu do Amanhã, foi marcada por momentos ímpares, presenças marcantes e muita emoção na 2ª edição do Prêmio Ubuntu de Cultura Negra. Personagens sagrados da cultura preta como Antônio Pitanga, Lea Garcia, Neusa Borges, Romeo Evaristo e Deo Garcez estiveram presentes junto com representantes de Arlindo Cruz, Chica Xavier (in memorian), Ruth de Souza (in memorian), Elza Soares (in memorian), para receberem uma justa homenagem ao seu legado e sua representatividade.
Os organizadores do evento, Paula Tanga (Ong Afrotribo) e Alberto Rodrigues (Grupo Acesso Cultural/FLISGO) comandaram a noite junto com os cerimonialistas Milton Cunha e Preta Coutinho, que abrilhantaram ainda mais esta Edição de Ouro do prêmio, que também teve por base, celebrar ações de destaque no enfrentamento, do povo preto ao COVID-19. Alguns destaques da noite: Luana Xavier, Veralinda Menezes, Dra. Helena Theodoro, Hélio De La Penã, Rodrigo França, Aline Borges, Marcos Luca Valentim, Azizi Dudu, Luana Genót e Maria Garibaldi (representante do Museu). O evento ainda contou com apresentações musicais e performances de dança e teatro.
“A proposta de enaltecer a cultura negra e as ações que fortalecem a cultura afro-brasileira homenageando o legado da nossa ancestralidade, através dos pilares da arte preta brasileira, foi totalmente atendida neste evento onde idealizei homenagear, com muita representatividade, artistas esquecidos que abriram caminhos importantes. Me sinto honrada por poder ofertar à população preta esta experiência, através da maior festa da luta contra o racismo estrutural.” Pontua Paula Tanga.
O mês de março se tornou um marco importante na luta contra o racismo, principalmente, por conter datas como o nascimento de Abdias do Nascimento e Maria Carolina de Jesus; pelo Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial; e pela memória do massacre de Shaperville, na África do Sul. Diversas organizações, como o IPEA-AFRO, que desenvolvem ações para combater o racismo (21 dias de ativismo na luta contra o racismo), a cada ano tem firmado o conceito do Março Negro, que foi potencializado com a busca por justiça para o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco.
“Trouxemos o Prêmio Ubuntu para o Março Negro para potencializar a conscientização popular sobre o que vem acontecendo com o povo preto, e o que podemos e devemos fazer para mudar isso. É um enorme prazer celebrar e enaltecer a nossa cultura com ações que a fortaleçam, além de resgatar nossas memórias e ancestralidade. Não podemos nos calar! Precisamos potencializar e visibilizar toda e qualquer ação e feito do nosso povo!” Destaca Alberto Rodrigues.
O Prêmio Ubuntu de Cultura Negra – Edição de Ouro 2022 contou com o apoio do Museu do Amanhã, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro por intermédio CEPIR / SEGOVI e do Governo do Estado do Rio de Janeiro SECECRJ.