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Parque Paleontológico em Itaboraí ganha alunos da rede pública como mediadores

Projeto da Prefeitura tem participações da Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 22 de agosto de 2022 - 08:40
oram selecionados os alunos do 1º e 2° ano do ensino médio, que estudam em período integral
oram selecionados os alunos do 1º e 2° ano do ensino médio, que estudam em período integral -

O Parque Natural Municipal Paleontológico de São José de Itaboraí, gerido pela Prefeitura de Itaboraí, ganhou um reforço especial nas orientações aos visitantes. Através de uma parceria com a Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seis alunos do ensino médio do Colégio Estadual Francesca Carey, em São José, estão atuando como mediadores na Unidade de Conservação.

Esses jovens serão orientados pelos professores Dra. Lílian Bergqvist (UFRJ) e Dr. André Pinheiro (UERJ/FFP) e coorientados pelo paleontólogo e gestor do parque Luis Otavio Castro e pela professora Dra. Elysiane Marinho (professora de Biologia do Colégio Estadual Francesca Carey). Os novos mediadores recebem um curso de formação sobre os temas de Paleontologia, Arqueologia, Geologia, Preservação Ambiental e Sustentabilidade, de professores universitários.

Foram selecionados os alunos do 1º e 2° ano do ensino médio, que estudam em período integral. Dentre os critérios, a afinidade com o tema, interesse em participar das atividades desenvolvidas no Parque Paleontológico e as melhores notas nas disciplinas escolares.

Os estudantes fazem parte do programa 'Jovens Talentos', financiado pela FAPERJ e com uma bolsa-auxílio no valor de R$263. A carga horária é de 6h semanais, visando atender a demanda de agenda de visitações do parque, mas sem prejuízo nos compromissos escolares. O programa foi implementado neste mês de agosto e terá duração até julho de 2023, podendo ser renovado por mais um ano. Além da inserção na pesquisa, os bolsistas atuarão no guiamento dos visitantes, apresentando os atrativos geopaleontológicos da Unidade de Conservação.

"Essa parceria é muito importante para nossa unidade de conservação. Minha inserção na área ambiental começou através de um programa de estágio em unidade de conservação e, hoje, poder fazer parte dessa etapa na vida desses estudantes, me deixa muito feliz. Com essa parceria poderemos ampliar o atendimento aos nossos visitantes, levando a importância da unidade para o máximo de pessoas possível", destacou o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Jhonatan Ferrarez.

Para o gestor do Parque Natural Municipal Paleontológico de São José de Itaboraí, Luis Otavio Castro, que também foi aluno do Colégio Estadual Francesca Carey em 2007 e bolsista do programa 'Jovens Talentos' na época, é um orgulho reviver esse momento.

"Também já estive no lugar desses jovens. Além de uma renda, esse contato com o mundo acadêmico os estimulará e auxiliará na decisão de qual curso de graduação escolher no futuro e, quem sabe, atuar profissionalmente no parque", disse Luis Otavio, que é biólogo e doutorando em Geociências pela UFRJ.

Em mais um dia de visita guiada no Parque Paleontológico, nesta semana, cerca de 45 alunos do 1º e 3º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Pimentel de Carvalho receberam a monitoria dos estudantes em todas as etapas da visita. Entre elas, a sala com interação de jogos com temas sobre o parque, como 'Paleo Trunfo', labirinto, quebra-cabeça e jogo da memória; sala de audiovisual, com o documentário sobre a extinção dos dinossauros; visita ao museu e trilha.

Segundo o coordenador do Jovens Talentos da FAPERJ, Jorge Belizário, o programa é um sucesso e leva muitos dos bolsistas à carreira acadêmica. "Temos vários ex-bolsistas com doutorado, mestrado e alguns, inclusive, são orientadores atualmente", afirmou.

Com o sonho de ser bióloga ou professora de Biologia, a aluna do 1° ano do ensino médio e uma das selecionadas para ser mediadora, Thifany Seabra, de 16 anos, viu no projeto uma oportunidade de conhecer mais profundamente sobre a disciplina e ter a convicção da profissão que quer seguir.

"Esse projeto abre muitas portas para nós que somos da rede pública de ensino. Aqui aprendemos de um jeito diferente e na prática. Ainda podemos transmitir para outras pessoas, no caso as crianças", comentou Thifany.

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