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Menina de 11 anos tem AVE hemorrágico em Niterói e família pede ajuda

Maria Clara Rabello sentiu uma forte dor de cabeça e precisou ser internada às pressas com um caso raro de acidente vascular encefálico hemorrágico. Saiba como ajudar a família!

relogio min de leitura | Escrito por Lara Neves | 24 de agosto de 2022 - 12:19
Maria Clara Rabello, de 11 anos, está há pouco mais de dois meses internada em hospital
Maria Clara Rabello, de 11 anos, está há pouco mais de dois meses internada em hospital -

"Maria Clara é uma garota extremamente inteligente, focada, feliz; adora dançar, brincar com os primos e com os amigos. Tem um bom relacionamento na escola, ótimo aprendizado e ótimas notas. Não me  decepciona em absolutamente nada. A Maria é uma criança excepcional e sempre lidou muito bem com a diabetes, aplicando a insulina e medindo sua glicemia sozinha, desde os quatro anos. Não tem uma pessoa que ela não interaja bem. Muito carinhosa e dedicada, e gosta de cuidar das pessoas".

É assim que Luiza Fernanda Rabello descreve a filha Maria Clara Rabello, de 11 anos, que há dois meses vem enfrentando uma batalha de gente grande. A menina, que mora em Niterói com sua irmã mais nova e a mãe, sofreu um AVE hemorrágico, constatado através de exames no hospital onde se encontra internada desde o ocorrido.

Maria, agora, está na fase mais delicada de sua recuperação. Já passou por cirurgia e por um coma, e atualmente vem despertando aos poucos, abrindo os olhos num primeiro momento. Apesar de o hospital ter uma equipe que cuida da menina, a família precisou pagar profissionais particulares para que um tratamento mais efetivo fosse realizado.

 

Autor: Divulgação
 

Maria Clara é filha de mãe solo, que precisou abandonar o emprego como cozinheira para cuidar dela. Agora, a família conta com a contribuição de pessoas que se sensibilizam com a história da menina para dar continuidade aos cuidados necessários.

"Aconteceu e ela já passou pelo pior. E agora eu me sinto correndo contra o tempo. Já pesquisei tudo e sei que os seis primeiros meses são os mais importantes para a recuperação neurológica de qualquer pessoa. E é isso que eu, como mãe, estou fazendo: tentando correr contra o tempo para arrumar os recursos", conta Luiza.

Como tudo começou

No dia 19 de junho, Maria Clara, de repente, começou a queixar-se de uma dor de cabeça. Por volta de 10 segundos depois, a queixa se transformou em berros, devido ao aumento da intensidade da dor. Sua mãe resolveu, então, levá-la imediatamente ao hospital mais próximo de casa, onde já na entrada a menina acabou desmaiando.

Maria Clara é descrita como inteligente, feliz e carinhosa. Mesmo com diabetes tipo 1, sempre teve uma vida normal
Maria Clara é descrita como inteligente, feliz e carinhosa. Mesmo com diabetes tipo 1, sempre teve uma vida normal |  Foto: Divulgação
 

Assim que deram entrada ao atendimento, Maria conseguiu despertar para fazer jatos de vômito, mas logo em seguida teve uma convulsão e 'parou'. Ao realizar a primeira tomografia, os médicos, a princípio, contataram que se tratava de um AVC hemorrágico, mas depois de uma investigação mais detalhada, foi descoberto que na verdade o caso da Maria era um AVE hemorrágico.

Maria passou por uma operação de seis horas no cérebro para conter o sangramento. Ao voltar para o quarto, ficou entubada e sedada. Agora, no segundo mês, ela passa pela recuperação neurológica.

"A Maria Clara abre o olhinho, mas não se comunica, não tem interação, não anda e não fala, ainda. Por isso já estamos trabalhando com fisioterapeuta e fonoaudióloga para que possa fazer essa reabilitação o mais breve possível", afirma a mãe da garota apaixonada pelo Flamengo e por dancinhas do TikTok.

Assim que a menina estiver mais estável em seu quadro, Luiza revela que tentará uma transferência para um hospital especializado em reabilitação. Ela ainda não tem uma data prevista para alta, mas a família já sabe que mesmo em casa, ela precisará dar continuidade ao processo de recuperação.

Entenda o que é um AVEh 

Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEh) é uma doença cerebrovascular caracterizada pelo rompimento de vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, e que pode estar relacionada à ruptura de aneurismas e malformações vasculares ou à ruptura de pequenas artérias no parênquima cerebral.

O ocorrido com a menina de apenas 11 anos é considerado raro. Tem incidência média de 5 a 10 casos para cada 100 mil crianças/ano. O AVC infantil está entre as dez principais causas de mortalidade na infância. Cerca 10% a 20% das crianças morrem por causa da doença. Enquanto 50% a 75% permanecem com alguma sequela. 

"Os médicos não esperam que isso aconteça com uma criança. Apesar de a Maria Clara ter diabetes tipo 1 desde que nasceu, o 'esperado' é que algo deste tipo possa acontecer com adultos diabéticos de 40 e 50 anos, e até por isso foi bem complicado para a gente conseguir um especialista infantil. Hoje, os médicos consideram a Maria um milagre", diz Luiza Fernanda.

De acordo com a médica neurologista infantil do Einstein, Rejane de Souza Macedo, os fatores de risco são diferentes entre adultos e crianças. Enquanto nos adultos os fatores de risco são obesidade, diabetes, aterosclerose, hipertensão arterial, tabagismo, arritmias cardíacas, as causas na infância são bem variadas e costumam ser multifatoriais.

"Na infância, os principais fatores de risco são: cardiopatias, anemia falciforme, distúrbios de coagulação, malformações vasculares, arteriopatias, vasculites sistêmicas, infecções agudas, infecções crônicas, doenças genéticas e metabólicas, linfomas e outros tipos de câncer, trauma de crânio e cervical, usos de drogas. O vírus da varicela é um exemplo importante a ser lembrado, pois pode levar a uma arteriopatia até 1 ano após a sua infecção. Há ainda causas indeterminadas, em que cerca de 1/3 dos casos não é possível identificá-las", diz a médica em publicação no site do Hospital Israelita Albert Einstein.

Como ajudar Maria Clara

A menina niteroiense está precisando de recursos para manter o tratamento necessário para a recuperação. São medicamentos, insumos e trabalho funcional com terapia. Os gastos já fugiram da realidade da família, e a situação é ainda mais preocupante pois a mãe de Maria Clara precisou abandonar o trabalho para cuidar da filha integralmente.

A família disponibilizou o perfil do Instagram para contar história e servir como forma de contato
A família disponibilizou o perfil do Instagram para contar história e servir como forma de contato |  Foto: Divulgação
 

Para ajudar com os custos, foi criada uma vaquinha, cujo valor será revertido para a compra dos insumos, pagamento dos profissionais da saúde e manutenção do plano de saúde, que hoje é pago através de uma contribuição coletiva de familiares.

Outro gasto urgente e extremamente necessário é a adaptação da quitinete em que a família mora, que como está localizada no segundo andar da casa da bisavó de Maria, precisa receber uma obra de acessibilidade, com o levantamento de uma rampa, para facilitar o acesso de cadeira de rodas.

"A gente vai ter gasto com fonoaudióloga, com fisioterapeuta, com transporte especializado. Atualmente contamos com a ajuda dos nossos amigos e parentes, mas os gastos são bem altos", relata Luiza.

Mãe solo, Luiza deixou o emprego para cuidar da filha em horário integral
Mãe solo, Luiza deixou o emprego para cuidar da filha em horário integral |  Foto: Kiko Charret
 

A vaquinha criada tem um valor mínimo definido pela plataforma, mas a mãe decidiu disponibilizar também seu PIX e contas de banco para facilitar a doação dos interessados em ajudarem no caso.

Além da contribuição em dinheiro, a família também pede fraldas descartáveis adulto tamanho P, pomada de assadura, lençóis, ventilador, cama, colchão pneumático, luvas cirúrgicas, gazes. Outro pedido importante é o da doação de material de construção, como tijolos, cimento, ferro, porta e outros itens necessários para a obra da rampa de acessibilidade.

"Tenho amigos que ofereceram os próprios trabalhos para poder arrecadar dinheiro para a Maria Clara. Uma amiga está oferecendo corte de cabelo, ganhamos um bolo para rifar, um amigo tatuador acabou de doar uma tatuagem, já rifamos um drone doado. O meu desespero de mãe e a gentileza das pessoas está fazendo tudo acontecer", conclui Luiza Fernanda Rabello, mãe dedicada e apaixonada de duas meninas.

Os interessados em ajudar a pequena niteroiense podem colaborar pelo link da vakinha ou por transferência.

Para doar através da vaquinha, acesse o link: https://www.vakinha.com.br/3069593.

Para contribuir por meio do PIX da mãe, Luiza Fernanda Lemos Rabello, envie pela chave: (21) 97236-0958.

Contas bancárias disponibilizadas:

Agência: 0001 | Conta: 38750366-8

Instituição: 380 - PicPay

CPF: 129.030.977-98

Nome: Luiza Fernanda Lemos Rabello

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Agência: 6869 | Conta: 21975-5

Instituição: Itaú

CPF: 143.225.777-33

Nome: Andressa Silva Cascardo

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Caso queira entrar em contato com a mãe da Maria Clara, ligue ou mande mensagem para o número: (21) 97236-0958.

Para entender mais do caso da Maria, ou entrar em contato, a família também disponibilizou a página do Instagram: https://www.instagram.com/maria.clararabello.

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