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"Ainda bem que a gente quebrou o celular de Niel e jogou no mar", teria dito Flordelis

O depoimento foi dado pela esposa de um dos filhos afetivos de Flordelis nesta quarta-feira (9), em julgamento no Tribunal do Júri

relogio min de leitura | Escrito por Lara Neves e Renata Sena | 09 de novembro de 2022 - 11:06
Julgamento está no terceiro dia
Julgamento está no terceiro dia -

"Ainda bem que a gente quebrou o celular de Niel e jogou no mar", segundo Luana Pimenta, esposa de Wagner Pimenta, o Misael, filho afetivo de Flordelis dos Santos de Souza, isso foi o que a ex-deputada escreveu em um papel durante uma visita deles no primeiro encontro em que tiveram. Esse papel estaria em um caderno e teria sido riscado após as pessoas terem lido.

O depoimento foi dado nesta quarta-feira (9), em julgamento no Tribunal do Júri, no Fórum de Niterói.

Luana disse ainda que na quinta-feira seguinte ao crime, ela e Misael encontraram com a ex-deputada no Instituto Flordelis. Após Flordelis ameaçar e gritar com eles, ela teria dito que "pomba-gira não iria pegar ela não", uma forma de Luana acalmar a acusada. 

"Ela era tão religiosa que estava distante de Deus. Ela se escondia atrás das regras, do tamanho da saia, da postura, mas estava longe de Deus. Eu vivi uma mentira ali, porque eu era crente de verdade, mas ela não. Tanto que fora do Instituto estava fazendo o que fez", completou a esposa de Misael.

O julgamento pela morte do pastor Anderson do Carmo pode se estender até esta sexta-feira (11). De acordo com informações do Fórum de Niterói, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, responsável pelo julgamento, teria solicitado reforço no policiamento nos arredores até sexta. Ao todo, ainda faltam ser ouvidas 12 testemunhas de acusação e sete de defesa. 

Além de Flordelis, estão sendo julgados a filha biológica dela Simone dos Santos Rodrigues e mais dois filhos adotivos, Marzy Teixeira da Silva e André Luiz de Oliveira, e também a neta, Rayane dos Santos Oliveira, filha adotiva de Simone. 

O segundo dia de julgamento da ex-deputada Flordelis teve início, nesta terça-feira (8), com o depoimento do inspetor da Polícia Civil Tiago Vaz de Souza, que participou das investigações sobre o assassinato do pastor Anderson do Carmo.

2º  Dia

O segundo a depor foi Alexsander Felipe Mendes, que era chamado pela família de Luan, e foi ouvido como informante por causa do parentesco afetivo. Ele deu seu testemunho por videoconferência, pois pediu para não ficar perto dos réus por “já ter feito parte da família e ter sentimentos”.

Terceira testemunha a prestar depoimento na terça-feira (8), também por videoconferência, Wagner Andrade Pimenta explicou que foi batizado como Misael, aos 12 anos, pela mãe afetiva Flordelis quando foi morar na casa dela no Jacarezinho.

Ele acrescentou ainda que Anderson chegou à casa da família como mais um “filho” de Flordelis quando tinha por volta de 14 anos de idade e que ele teve um relacionamento amoroso com Simone, filha biológica da ex-deputada. Algum tempo depois, de acordo com o depoente, quando tinha entre 16 e 17 anos, Anderson começou a namorar Flordelis. De acordo com Wagner, a vítima, em abril de 2019, teria descoberto um plano de integrantes da família para matá-la. 

Até o momento, foram ouvidas seis testemunhas arroladas pela acusação: os delegados Bárbara Lomba e Allan Duarte, Regiane Ramos, o inspetor Tiago Vaz e os filhos afetivos de Flordelis Alexsander Mendes e Wagner Pimenta. 

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