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'Mais Médicos' será ampliado e terá foco nos profissionais brasileiros

Nova gestão federal estuda oferecer cursos de pós-graduação e especialização aos participantes

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de fevereiro de 2023 - 14:18
Governo atual estuda possibilidade de retomar com o programa através de  editais
Governo atual estuda possibilidade de retomar com o programa através de editais -

O Ministério da Saúde pretende ampliar o programa Mais Médicos, mas mantendo profissionais formados no exterior sem diploma revalidado. Esses médicos correspondem hoje a mais de 3 mil médicos, 40% do total.

Para a retomada e fortalecimento do Mais Médicos, a nova gestão federal estuda oferecer cursos de pós-graduação e especialização aos participantes como forma de atrair mais brasileiro. Sendo descartado no momento um novo acordo de cooperação com o governo de Cuba para trazer profissionais da ilha, cuja implementação trouxe controvérsias na versão original do programa. 

Com exclusividade ao jornal Estadão, Felipe Proenço, secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do ministério, médico da família e comunidade, doutor em saúde coletiva e coordenador do programa Mais Médicos entre 2013 e 2016, durante a gestão de Dilma Rousseff (PT), afirmou que, com o aumento de vagas nas faculdades de Medicina nos últimos anos, a nova gestão federal espera atrair mais brasileiros.

"Contamos muito com os médicos formados no Brasil, inclusive pelo fato de que aumentou o número de vagas (de Medicina) e, portanto, de egressos. Mas, durante todos esses anos, se mantiveram intercambistas no programa com o exercício profissional através do registro do Ministério da Saúde. É evidente que a gente precisa lidar com estratégias diversificadas para o provimento de médicos. Isso é uma estratégia de vários países para garantir o provimento em áreas de mais difícil inserção", afirmou o secretário.

Sem a possibilidade de trazer mais médicos do exterior, o secretário disse ainda que a ideia é apostar na formação dos médicos brasileiros, além da promoção da abertura de novos editais. Dois deles estão sendo retomados pelo governo  atual, editais que foram criados ainda na gestão Bolsonaro, e que foram paralisados por restrições orçamentárias. Juntas, as duas chamadas ofereciam 1 174 vagas, das quais 152 eram voltadas para distritos indígenas.

"Chegou a haver a alocação dos profissionais, a publicação dos municípios que eles atuariam, mas não tinha recurso para dar andamento nesses editais. A gente retomou os editais e os médicos que confirmarem participação começam já em março."

O secretário-adjunto de Atenção Primária disse que o ministério ainda estuda o número de novas vagas que serão abertas nos próximos editais do Mais Médicos. O secretário titular de Atenção Primária, Nesio Fernandes, indicou no mês passado, em reunião com o Conselho Nacional de Secretários Municipais da Saúde (Conasems), que esse número pode chegar a 5 mil.

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