Mocidade apresenta cultura do agreste pernambucano e 'abusa' do dourado em desfile
Agremiação carioca participa do primeiro dia de desfiles do Grupo Especial na Sapucaí
Depois de aparecer nos carros alegóricos de escolas da Série Ouro nos dois primeiros dias de Carnaval no Rio, a cultura nordestina voltou a brilhar na Sapucaí com a Mocidade Independente de Padre Miguel. A escola, que desfilou no início da madrugada deste domingo (20/02) se inspirou na cidade de Caruaru, no Pernambuco, e no artesanato de barro do Alto do Moura para o enredo “Terra de meu Céu, Estrelas de meu Chão”.
O carnavalesco Marcus Ferreira conheceu o artesanato local quando visitou a região como turista. Para compor os carros alegóricos de seu enredo, ele contou com o apoio de cerca de 400 artistas da região, discípulos de Mestre Vitalino, que foi um dos mais reconhecidos ceramistas do país. Suas formas são reconhecidas nas estátuas típicas que encenam muitas das alegorias.
Predominaram o dourado, o amarelo e as formas arredondadas em barro no início do desfile.
No abre-alas, o destaque foi um enorme florescer encenado pela alegoria. As vegetações do Agreste, o trabalho rural e os peões do sertão nordestino marcaram as fantasias do desfile, que da metade para o fim passou também pelo forte verde da vegetação nordestina. Muitos dos foliões e desfilantes que prestigiaram e entraram com a escola são pernambucanos que vieram ao Rio para o evento.
Na bateria, a turismóloga Giovanna Angélica desfilou, desbancando a veterana da Sapucaí Gracyanne Barbosa, uma das principais apostas para a função.
Ficha Técnica:
Presidente: Flávio da Silva Santos
Carnavalesco: Marcus Ferreira
Diretor de Carnaval: Marquinho Marino
Samba de autoria de Diego Nicolau, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Gigi da Estiva, W Correa, Leandro Budegas e Cabeça do Ajax
Intérprete: Nino do Milênio
Mestre de Bateria: Dudu
Rainha de Bateria: Giovana Angélica
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Diogo Jesus e Bruna Santos