Uma em cada dez ligações ao 190 da PM no Rio são trotes
Passar trotes ou comunicar ocorrências falsamente, configura como crime à autoridade policial
As falsas ocorrência e os famosos "trotes" são parte da rotina dos agentes que atuam na Central 190 da Polícia Militar, no Centro do Rio. Os atendentes têm ordens para encerrar a chamada sempre que é identificado que a narrativa não faz sentido, ou quando ofensas são direcionadas aos profissionais.
A Central 190, que funciona 24 horas, durante toda a semana, tem um time de 32 a 35 policiais militares, que fazem o atendimento por telefone. De acordo com a PM, todas as ligações (inclusive os trotes) são armazenadas por, ao menos, 10 anos.
Ao jornal O Globo, a PM liberou as porcentagens de chamadas falsas, em comparação às ocorrências de mais incidência. A quantidade de falsas o ocorrências equivale à soma das ocorrências de perturbação ao sossego (87,741 mil chamados em 2022, equivalente a 6,67% do total) e violência contra a mulher, com 53,543 mil, que corresponde a 4,07%. Já os trotes, somaram 137,351 mil ligações, equivalente a 10,43% do total de chamados, que foi de 1,316 milhão no ano passado.
De acordo com a corporação, cerca de 21% dos trotes são feitos por menores de idade. Os agentes fazem perguntas específicas quando percebem que são crianças na linha, para tentar distinguir se seria uma ocorrência real.
Passar trotes ou comunicar ocorrências falsamente, configura como crime à autoridade policial (pelo artigo 340) e pode ter pena de 1 a 6 meses. Na hipótese de adolescentes, de 12 anos ou mais, podem ser aplicadas medidas socioeducativas.