Com cenário de vacinação instável, Brasil pode enfrentar incidência de mortes evitáveis
Com a confiança abalada nas vacinas, o país está entre os dez países mais atrasados na aplicação da vacinação infantil
Com o anúncio da aplicação da vacina bivalente - versão que imuniza contra as variantes do vírus da COVID-19 - nesse mês de abril, a meta do Ministério da Saúde é de imunizar 61 milhões de pessoas, porém o cenário brasileiro apresenta empecilhos para o alcance dessa meta. O país já está no ranking dos dez países com a vacinação infantil atrasada.
O descrédito generalizado na eficiência das vacinas foi amplamente incentivado durante o governo anterior, que divulgava mensagens contrárias à ciência. Esse quadro contribuiu para que uma parcela significativa da população rejeite a imunização, como consequência, as mortes evitáveis -mortes preveníveis- podem ser enfrentadas.
O aumento da mortalidade pode ser um novo risco, conforme explica o presidente de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri: ‘'Talvez não tenha tempo suficiente de recuperar a confiança da população, e talvez a gente volte a ver casos de doenças, infelizmente, graves e fatais na população antes que a gente consiga o sucesso dessa recuperação".
Estão autorizados receber a dose ambivalente aqueles que forem maiores de 18 anos.