Ministério da Igualdade Racial aciona outras pastas para apurar caso de racismo em voo da Gol
Professora foi expulsa em caso que aconteceu na última sexta-feira
O Ministério da Igualdade Racial, informou no último sábado (29), junto com o Ministério de Direitos Humanos que a Agência Nacional de Aviação Civil foi notificada, junto com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal sobre a apuração da expulsão da professora Samanta Vitena, de um dos voos da companhia aérea Gol, após ela se recusar a despachar sua mochila.
O caso, que aconteceu na sexta-feira (28), gerou revolta entre entidades antirracistas. Samanta estava num voo de rota entre Salvador e São Paulo, quando foi abordada por policiais federais dentro da aeronave. Os agentes foram acionados pela tripulação, com o conhecimento do comandante, porque Samanta supostamente estaria causando perturbação a bordo.
Segundo uma testemunha, a jornalista Elaine Hazin, Samanta foi ignorada pelos comissários quando estava tentando guardar sua mochila no bagageiro, como não conseguiu guardar sua mochila, os comissários pediram para que Samanta despachasse, mas a professora não quis, já que a mochila estava guardando seu computador.
Depois de ter se negado, três agentes apareceram para retirar Samanta da aeronave, segundo a empresa Gol, ela foi retirada por medidas de segurança. Para a jornalista testemunha, Samanta foi vítima de racismo.
Em razão à expulsão da professora, o Mistério da Igualdade Racial juntamente com o Ministério de Direitos Humanos acionaram outros órgãos para adotar todas as medidas cabíveis a fim de prevenir, coibir e colaborar com a apuração de casos de racismo praticados por agentes de companhias aéreas.
Os órgãos acionados informaram que foi sugerida uma reunião com a ANAC para debater medidas de prevenção a casos de racismo e de mecanismos de regulação das empresas aéreas.