Acusados das mortes Bruno Pereira e Dom Phillips depõem nesta segunda
Audiência remota vai decidir se os réus vão a júri popular
A Justiça Federal de Tabatinga, no Amazonas, tem audiência marcada para ouvir nesta segunda-feira (08), Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, acusados de matar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, em meados de 2022.
A audiência, que será feita online, depois de ter sido adiada, deve decidir se os acusados vão a júri popular. Os suspeitos seguem presos em presídios federais no Paraná e Mato Grosso.
Motivo do adiamento
A audiência que estava agendada para acontecer no dia 17 de abril, foi adiada a pedido da defesa dos réus. Segundo os advogados, eles precisavam ouvir os acusados de maneira mais reservada. Na última sexta-feira (5), o juiz Fabiano Verli proibiu qualquer forma de monitoramento das conversas entre os advogados e os réus.
Cerca de nove pessoas, entre essas, testemunhas e informantes, já foram ouvidas nas primeiras cinco audiências feitas pela Justiça. Na audiência de instrução e julgamento, o objetivo é verificar se as provas testemunhais adquiridas durante o processo de inquérito policial são suficientes ou não para que os réus prossigam ao júri popular (previstos para crimes contra a vida, sejam eles tentados ou consumados).
Relembre o caso
Bruno Pereira (indigenista e servidor na época, da Funai) e Dom Phillips (jornalista britânico e colaborador do jornal The Guardian) desapareceram no dia 5 de junho de 2022, no município de Atalaia do Norte, no Amazonas, enquanto o indigenista acompanhava o jornalista numa viagem ao Vale do Javari.
Três suspeitos foram presos pelo crime: Amarido da Costa Oliveira - conhecido como Pelado- que confessou o crime, Oseney da Costa Oliveira, o Dos Santos e Jeferson da Silva Lima, ou Peladinho - que assumiu ter participado mas negou ter sido autor dos disparos.
Outros cinco suspeitos já foram identificados pela policia e são investigados. Os agentes tentam chegar a outros nomes que teriam ajudado os assassinos a esconderem o corpo das vítimas.
O assassino, depois de confessar o crime, foi conduzido pela polícia para mostrar o local em que os corpos foram enterrados. A polícia chegou aos corpos que estavam enterrados a mais de 3 quilômetros adentro das margens do Rio Itaquaí.