PF acredita que gastos de cartão de Michelle Bolsonaro eram pagos com dinheiro de empresa com contratos públicos
As contas teriam sido pagas, em pelo menos três ocasiões, em dinheiro vivo
Para a Polícia Federal, gastos do cartão de crédito de Michelle Bolsonaro foram pagos com o dinheiro de uma empresa fornecedora de uma estatal brasileira durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
As contas teriam sido pagas, em pelo menos três ocasiões, em dinheiro vivo por um militar da Ajudância de Ordens da Presidência da República, que teria recebido transferências da empresa que possui contratos públicos com o governo.
O segundo-sargento também teria feito ao menos 12 depósitos em dinheiro em conta de uma tia da então primeira-dama.
Segundo a PF, os depósitos ocorreram pelo menos até julho de 2022. As informações foram obtidos através da quebra de sigilos bancários de auxiliares do tenente-coronel ajudante de ordens do então presidente Bolsonaro. Ao autorizar a quebra dos sigilos, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes teria visto indícios de desvio de dinheiro público no caso.
A defesa do ex-presidente da ex-primeira-dama negam que o dinheiro da empresa com sede em Goiânia citada nas investigações tenha bancado as despesas de Michelle e negam que tenha havido irregularidades nas transações bancárias. A esposa de Bolsonaro também afirma não conhecer o ajudante de ordens em questão e que desconhece o recebimento de pagamentos dele.
O sargento e o tenente-coronel envolvidos no caso estão presos preventivamente desde 3 de maio, por conta se uma investigação que apura se houve falsificação do certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.