Preço do óleo de soja despenca em mercados de São Gonçalo
Deflação ocorreu em razão da baixa do preço da soja no mercado de commodities
As placas de oferta no lado de fora dos mercados anunciando o valor do óleo de soja a R$ 4,99 e R$ 5,49, produto que até o mês passado não estava sendo comprado por menos de R$ 7,00, explicam o movimento de pessoas na sessão de derivados de soja dentro dos estabelecimentos alimentícios. Perto das prateleiras de óleo, algumas pessoas analisam o vencimento por desconfiar da redução considerável do preço, outras enchem o carrinho com mais de um litro do óleo comestível, algumas garantem um litro em cada mão.
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Segundo o Índice Nacional ao Preço do Consumidor Amplo (IPCA), no mês de abril, os itens como gasolina, perfume, cebola e pacote de turismo ajudaram a frear a inflação. O óleo de soja teve uma diferença entre porcentagem de aumento e redução de -0,01 ponto porcentual (diferença entre porcentagens).
A redução do valor do produto no mercado, se deve à queda da cotação do preço da soja no mercado mundial. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de soja do mundo. A baixa no preço da commodity impacta diretamente o valor do produto para o consumidor final.
Segundo Sandra Gonzaga, moradora de São Gonçalo, a diferença é perceptível. ‘’Eu gosto muito de comprar em promoção, aí eu compro para bastante tempo. Eu costumo usar o Soya e o Liza. O Liza estava custando dez reais, agora ‘tá’ cinco e cinquenta, abaixou bastante." contou a gonçalense, que verificava a data de vencimento nas embalagens.
Maria do Carmo e Robson Damião, moradores de Alcântara, em São Gonçalo, aproveitaram a redução para experimentar óleos que não costumam usar. ‘’Eu acho que tem que abaixar muita coisa, tá muito caro ainda, principalmente leite e o feijão ", comentou a moradora que garantiu dois litros.
Nas redes sociais, os internautas comemoram a redução do preço mas afirmam ainda não ter feito tanta diferença no bolso, pelo aumento, em compensação, de outros alimentos que fazem parte da cesta básica das famílias brasileiras.
‘’Compra o óleo mas não dá para comprar o ovo , a batata, a cenoura, o feijão, o arroz , o contra filé , o acém, já ia esquecendo da picanha. Vai viver de óleo?’’ pontua uma conta no Facebook.
Entre os comentários, o aumento do ovo tem sido o mais pontuado. ‘’Leva o óleo mas deixa o ovo que tá um absurdo de caro." comenta uma mulher. ‘’Agora eu compro o óleo, mas não consigo comprar o ovo’’ brinca outra conta.
Estagiária sob supervisão de Marcela Freitas*