Homem morto por espancamento estava sendo investigado por associação criminosa
A vítima era um ex-policial em Pernambuco e chegou a ser preso em 2008
O caso do morador de São Paulo que foi espancado até a morte após ter sido vítima de fake news ganha um novo episódio: o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) divulgou, nesta quarta-feira (17), que Osil Vicente Guedes, um empresário dono de uma empresa de reciclados, teria julgamento agendado para 24 de julho, por suspeita de associação criminosa a um grupo de extermínio. As informações são do jornal O Globo.
A vítima era um ex-policial em Pernambuco e chegou a ser preso em 2008 durante a Operação Guararape. Além de investigar a morte do empresário, a Polícia Civil também investiga se sua namorada está envolvida no caso.
A Operação Guararape, na qual Osil era réu, reuniu uma força-tarefa de 57 delegados, 291 agentes, 42 escrivães, 33 policiais militares e 148 veículos envolvidos, totalizando em 136 equipes que realizaram uma extensa ação de represália em todo o estado. Os criminosos eram acusados de atuar em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. Dos 53 mandados de prisão emitidos, um era destinado ao empresário.
Segundo informações do TJPE, o processo contra os réus envolvidos na ação policial está em andamento na 1° Vara do Tribunal do Júri na Comarca de Jaboatão dos Guararapes. Em 2008, o juiz responsável aceitou a acusação contra Osil e encaminhou o processo para o julgamento pelo Tribunal do Júri.
Através de nota, o Tribunal de Justiça alegou que Osil não foi julgado na época devido a um equívoco no seu mandato de intimação relacionado a outro acusado envolvido. Por esse motivo, o julgamento estava agendado para junho deste ano.
De acordo com o delegado Joel Venâncio, que coordenou a operação na época, conta que o grupo consistia em ‘eliminar’’ vítimas selecionadamente, devido a desentendimentos, vingança ou quem era testemunha de algum crime.
Pelo menos 36 pessoas foram vitimadas pela quadrilha que se intitulava como ‘’Confraria do Crime’’, entre as vítimas, a maioria eram policiais e bombeiros. Cada membro da associação possuía uma função específica.
Em um comunicado, a Secretária de Defesa Social de Pernambuco (SDS) confirmou que Osil foi preso em 2008 suspeito de fazer parte do grupo criminoso e deixou de fazer parte da corporação policial em 2010.