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Brasil busca Google para elaborar filtro contra discurso de ódio

Medida foi tomada após disponibilização de jogo que simula escravidão

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de maio de 2023 - 16:46
A pasta tomou a inciativa após ter conhecimento do jogo que era disponibilizado na loja de aplicativos da multinacional de tecnologia
A pasta tomou a inciativa após ter conhecimento do jogo que era disponibilizado na loja de aplicativos da multinacional de tecnologia -

O Ministério da Igualdade Racial (MIR) informou nesta quarta-feira (24) que entrou em contato com o Google para elaborar, de forma conjunta, um filtro que não permita a disseminação de discursos de ódio, intolerância e racismo. A pasta tomou a inciativa após ter conhecimento do jogo que era disponibilizado na loja de aplicativos da multinacional de tecnologia em que o usuário assumia o papel de um “proprietário de escravos”.

No Simulador de Escravidão, o jogador era estimulado a obter “lucro” e contratar guardas para evitar rebeliões. Há até uma opção para que o usuário explore sexualmente as pessoas colocadas sob seu poder dentro do mundo virtual. O jogo, que foi retirado do ar, mostrava imagens de pessoas acorrentadas, inclusive um homem negro, que aparecia coberto de grilhões em uma estética semelhante a um desenho animado.

“O MIR informa também que já tem reunião agendada com a área de responsabilidade do Google para construir uma moderação de conteúdo antirracista, assim como tem feito com outras big techs [grandes empresas de tecnologia] para a construção de um ambiente seguro e saudável na internet”, diz o ministério, por nota.

Além disso, a pasta afirma que buscará responsabilização dos desenvolvedores do jogo. “O Ministério Público também será acionado para atuar no caso, de modo que as partes envolvidas no desenvolvimento e comercialização do produto também sejam responsabilizadas”, acrescenta o comunicado.

O Google disse, por nota, que removeu o jogo da loja de aplicativos e que toma medidas para coibir a incitação ao ódio e violência. “Temos um conjunto robusto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores. Não permitimos apps [aplicativos] que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas”, ressalta a nota da empresa.

A multinacional de tecnologia diz que está atenta às denúncias de conteúdo impróprio. “ Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um aplicativo que esteja em desacordo com as nossas regras pode fazer uma denúncia. Quando identificamos uma violação de política, tomamos as ações devidas”.

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