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Comissão da Alerj abre CPI sobre uso do reconhecimento facial nas delegacias

Objetivo é entender também como o processo de reconhecimento facial é feito nas delegacias

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de junho de 2023 - 09:29
De acordo com a deputada Renata Souza é pouco transparente o processo de como acontece o reconhecimento fotográfico
De acordo com a deputada Renata Souza é pouco transparente o processo de como acontece o reconhecimento fotográfico -

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) instalou nesta quarta-feira (14/06) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Reconhecimento Facial nas Delegacias, requerida pela deputada Renata Souza (PSol). O grupo elegeu os deputados Munir Neto (PSD) e Márcio Gualberto (PL) para vice-presidência e relatoria, respectivamente. De acordo com Renata, que vai presidir o colegiado, é pouco transparente o processo como se dá esse reconhecimento fotográfico.

“Queremos saber como um banco de dados é criado no âmbito das polícias para que apresente uma cartela de fotos para reconhecimento. Neste sentido, pretendemos investigar como se processa esse banco de dados, como essa pessoa é transformada em suspeita e tem essa foto como única prova para incriminá-la ou condená-la. Temos casos em que a pessoa sequer passou por uma delegacia de polícia e foi um reconhecimento fotográfico que garantiu condenações a esse cidadão. Precisamos entender como isso está sendo utilizado no sistema de Justiça, como um todo, mas também dentro das delegacias de polícia”, pontuou.

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O deputado Munir Neto mostrou sua preocupação com o tema e agradeceu a indicação para a vice-presidência. “Eu recebi com gratidão o convite da presidente Renata para ocupar essa vaga. Sou novo na Alerj e essa é minha primeira CPI, mas o meu senso de justiça é grande e o que nós precisamos é fazer o melhor para a população do Estado do Rio”, disse.

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À frente da relatoria, o deputado Márcio Gualberto, que preside a Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia, falou sobre importância da função que irá ocupar na CPI. “Eu agradeço a confiança. A relatoria tem papel fundamental, ainda mais nessa CPI que vai tratar de um assunto afeito à área de segurança, que é o reconhecimento facial. Portanto, o parecer que haverá de ser feito a muitas mãos, após amplo debate nesta comissão, tem que ser técnico, muito bem fundamentado e pesquisado, porque é essa a colaboração que a CPI vai deixar como legado para a Alerj e para a sociedade”, pontuou.

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Participam também da reunião os deputados Júlio Rocha (Agir), Dani Balbi (PCdoB), Thiago Rangel (Pode) e Verônica Lima (PT). O deputado Marcelo Dino (União) solicitou formalmente a sua participação no colegiado em substituição ao deputado Jari Oliveira (PSB), que não pode continuar como integrante no grupo por causa de sua atuação em outras comissões. A CPI pretende apresentar na próxima semana um plano de trabalho.

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