Governador inaugura nova ala de emergência do Azevedo Lima
Emergências obstétrica, ortopédica e clínica ganham novo espaço em anexo do hospital
O governador Cláudio Castro inaugurou a nova emergência obstétrica, ortopédica e clínica do Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), em Niterói, na manhã desta quinta-feira (15). A cerimônia contou com a presença do secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho, e do prefeito de Niterói, Axel Grael. Cerca de R$ 6 milhões foram investidos nas obras.
O novo espaço conta com salas de classificação de risco, de medicação e de imobilização. A unidade, que completa 78 anos em 2023, é referência no atendimento de alta complexidade para a população de sete municípios da Região Metropolitana e recebe em média seis mil pacientes por mês, tanto na emergência quanto na maternidade. As obras incluíram a revitalização da fachada do hospital, além da readequação das instalações do setor de admissão da maternidade, onde são atendidas mensalmente mais de 1.500 mulheres entre gestantes, puérperas, vítimas de violência e outras.
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"O que a gente viu aqui hoje neste hospital é o padrão do Instituto Estadual do Cérebro, que inauguramos em março. Por isso hoje é um dia de alegria, felicidade e compromisso. Não há um gestor aqui que não esteja querendo fazer o seu melhor. E nós também estamos olhando para outros hospitais no entorno para desafogar o Azevedo Lima. A nossa ideia é que, sobretudo, São Gonçalo e Itaboraí tenham suas próprias maternidades para que os moradores não precisem mais migrar para cá para serem atendidos", declarou o governador.
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Sobre a questão das Organizações Sociais de Saúde (OSS), que inclui o Instituto Sócrates Guanaes (ISG), organização que geriu o Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL) de fevereiro de 2014 a fevereiro de 2023 e não teve seu contrato renovado, Castro diz que o governo tentará medidas judiciais para que os funcionários recebam o que é devido.
"Toda transição é difícil. Ninguém nunca imaginou que não teria dor de cabeça. A gente vai tentar medidas judiciais para que as pessoas recebam. A nossa parte foi a coragem de fazer a troca. Nós fizemos. Respeitamos o contrato e quitamos todo o débito. Se a OSS, infelizmente, não teve a responsabilidade que o Estado teve, ela tem que responder na Justiça", afirma.
Laços – Maternidade Segura
Durante a coletiva, Castro também aproveitou para reafirmar o compromisso da distribuição dos mochilas em todas as unidades estaduais de saúde para as gestantes através do programa Laços – Maternidade Segura. São oferecidos às mulheres kits com mochila, roupas, mantas e toalhas para o bebê, além de camisa para amamentação e um sling, um tecido utilizado para carregar bebês junto ao corpo de um adulto, e óleos para massagem e hidratação. O programa também garante a abertura de novos leitos e a qualificação do serviço prestado nas maternidades.
Questionado sobre uma das maiores reclamações dos pacientes do hospital, que é a demora no atendimento, o secretário Estadual de Saúde, Dr. Luizinho, afirmou que a questão está ligada à sobrecarga na unidade de saúde, mas que isso será trabalhado.
"O hospital tem um problema de fluxo. E a gente quer organizar esse fluxo de pacientes com a classificação de risco, separando quem vai vir para o Azevedo Lima e que vai irá para a UPA do Fonseca, que também é do estado. A gente precisa integrar os equipamentos e trabalhar em conjunto também com a cidade de Niterói. Essa aqui é uma obra que melhora o fluxo do hospital, mas nós também vamos organizar o centro de traumas, contando então com dois grandes equipamentos que vão salvar ainda mais vidas".
E sobre a informação de que ele possivelmente estaria sendo sondado para o Ministério da Saúde, o secretário disse que não foi procurado pelo Governo Federal e que a notícia seria apenas uma "especulação".
Dr. Luizinho também declarou que o Estado irá retomar as obras do Hospital da Mãe de São Gonçalo e que uma outra maternidade de alto risco será construída no município, para "poder dar dignidade para toda a Região Metropolitana".
Protesto da educação
Profissionais estaduais da educação aproveitaram o evento de inauguração para realizar um protesto. Cerca de dez pessoas levantaram cartazes com reivindicações e gritaram por melhores condições salariais. O governador aproveitou início de sua fala na cerimônia para se dirigir aos educadores presentes no ato.
"Eu queria dizer para aqueles que estavam fazendo o protesto o quanto eu respeito a educação. Vamos estar melhorando. A gente tem feito contas todo dia para tentar chegar a salário mais digno. Queria reiterar o meu compromisso, ainda que estejamos com déficit de mais de R$ 10 bilhões no orçamento", afirmou Castro.