Greve de professores da rede estadual completa um mês
Professores e funcionários administrativos estão em greve desde o dia 17 de maio
A greve de professores e funcionários administrativos da rede estadual de educação do Rio de Janeiro completou um mês no último sábado (17). A greve foi aprovada em assembleia realizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) no dia 11 de maio. A categoria reivindica a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos, tendo como referência o salário mínimo nacional.
Segundo o sindicato, o estado do Rio paga aos educadores da rede estadual o pior salário do Brasil. Enquanto o piso nacional é de R$ 4.420,55, o professor do estado recebe um piso de R$ 1.588 como vencimento base , referente a 18 horas semanais. Os funcionários administrativos (serventes, merendeiras, porteiros, inspetores de alunos etc), em sua maioria, estariam recebendo um piso menor do que o salário mínimo (R$ 802,00).
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A proposta apresentada pelo Governo não agradou ao sindicato pois os profissionais consideram que não são todos os professores que seriam contemplados pelo plano de reajuste dos salários. Para a categoria, o Estado quer apenas reajustar os salários que estão abaixo do piso, fazendo com que quem ganha acima do piso não receba nenhum reajuste.
A continuidade da greve foi decidida em assembleia realizada na quadra da Escola de Samba São Clemente, na Cidade Nova, na última quinta-feira (15). Uma nova assembleia acontece nesta quarta-feira (21), às 13h, no mesmo local, para discutir os rumos do movimento. Em seguida, os profissionais planejam um ato público.
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No último dia 24 de maio, o Governo do Estado informou que publicou em Diário Oficial um decreto que assegura que nenhum professor da rede estadual de ensino receba menos do que o piso salarial nacional. O Estado também destacou já destinou quase R$ 1 bilhão em benefícios para os profissionais do magistério, e deu 20% de recomposição para todos os servidores, nos últimos dois anos, além de colocar os salários em dia.
A Secretaria de Estado de Educação afirmou, em nota, que a secretária Roberta Barreto se reuniu, mais uma vez, na última sexta-feira (16), com representantes do Sepe. "As reivindicações já foram encaminhadas à Casa Civil, que levará a proposta para análise da Comissão do Regime de Recuperação Fiscal. Nesta quarta-feira (21), está prevista uma nova audiência para tratar da greve", disse.
Em relação às aulas perdidas, a Seeduc-RJ comunica que está dialogando com o sindicato para que seja feito um acordo e haja um cronograma de reposição de conteúdo, após o fim da greve.