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Força-tarefa recolhe barcos encalhados em Niterói

Meta é retirar embarcações encalhadas na Baía de Guanabara após acidente com navio no ano passado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de junho de 2023 - 12:53
Baía de Guanabara
Baía de Guanabara -

A força-tarefa, liderada pela autoridade portuária PortosRio e integrada pela Capitania dos Portos, secretaria estadual de Energia e Economia do Mar, secretaria estadual de Ambiente e Sustentabilidade,  Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e Prefeitura de Niterói, começou, nesta quinta-feira (29/6), a retirada de mais cinco embarcações abandonadas na Baía de Guanabara.

Os barcos estão encalhados na altura da Ilha da Conceição, em Niterói, próximos a um cais utilizado para descarregar peixes. Abandonadas há pelo menos cinco anos, as embarcações e carcaças oferecem risco à navegação, além de dificultar o trabalho de pescadores. O trabalho de retirada de embarcações abandonadas na baía começou em 17 de maio, com um barco que estava à  deriva há mais de uma década. 

E é orientado por um relatório da Capitania dos Portos, que identificou 51 embarcações e cascos abandonados na região. Todos eles receberam a declaração de perdimento (perda da propriedade) da autoridade marítima, etapa essencial para o início de sua remoção.

Navio que se chocou contra a Ponte Rio-Niterói
Navio que se chocou contra a Ponte Rio-Niterói |  Foto: Reprodução
  

"Essas embarcações dificultam o acesso dos barcos de pesca ao cais, diminuindo a área de atracação e obrigando os pescadores a esperar mais tempo para conseguir atracar e descarregar seus barcos. Além disso, oferecem risco de acidentes durante as manobras. O trabalho de retirada das embarcações abandonadas será continuo. É uma ação importantíssima e que só pode ser realizada com a união de esforços de instituições estaduais, federais, municipais e parceiros da iniciativa privada", afirmou o secretário estadual de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal.


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➣ Rio quer retirar embarcações abandonadas da Baía de Guanabara


O presidente da autoridade portuária PortosRio, Álvaro Sávio, estima que a retirada das cinco embarcações será concluída em 25 dias. Os barcos são construídos, majoritariamente, de madeira e têm porte médio, o maior deles com cerca de 28 metros.

"Vamos retirar todas as embarcações listadas no relatório da Capitania dos Portos e transformar a Baía de Guanabara em um ambiente saudável, beneficiando o meio ambiente, a economia e o turismo. A retirada desses cinco barcos é uma ação minuciosa, até porque vai ser realizada sem a interdição total do cais. Serão utilizados mergulhadores, balsas com barreira de contenção e guindastes para retirar as partes maiores e mais pesadas. As condições da maré também são essenciais para o sucesso do trabalho no prazo estimado", explicou Sávio.

Aníbal Rodrigues de Souza, de 57 anos, começou a pescar aos 15 e hoje tem seu próprio barco. Ele conta que a retirada das cinco embarcações abandonadas no cais vai agilizar o descarregamento e tornar o trabalho dos pescadores mais seguro. 

Hoje, uma parte importante do cais não pode ser utilizada devido às embarcações encalhadas. Com isso, a gente perde horas com o peixe no barco para descarregar. E quando a maré está mais alta e agitada, por exemplo, é difícil manobrar por conta do risco de acidente. Se um barco de madeira se chocar com um mastro de um dos barcos encalhados, o prejuízo será grande" diz o pescador.

Após a retirada das cinco embarcações e carcaças abandonadas do mar, a Prefeitura de Niterói, por meio da secretaria municipal de Desenvolvimento, ficará responsável pela destinação final do material.

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