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Rio assoreado gera preocupação em moradores do Gradim, São Gonçalo

Comerciantes e moradores da Rua Paul Leroux dizem que nem precisar chover muito para que tudo fique alagado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de julho de 2023 - 13:34
Inundações são constantes no local
Inundações são constantes no local -

Gonçalenses moradores da Rua Paul Leroux, na divisa entre Gradim, Paraíso e Patronato, sofrem há anos com um problema que já atingiu inúmeros cidadãos que vivem perto de córregos assoreados ou galerias obstruídas. Isso porque os vizinhos do Rio Marimbondo presenciam há anos diversas inundações causadas pelo transbordamento do riacho, que sofre com o assoreamento e poluição.

Localizada ao lado de uma elevatória da Cedae, uma das partes mais críticas do córrego assusta quem passa pelo local. Parecendo um esgoto a céu aberto, o rio está em uma altura preocupante e não possui nenhuma proteção que o separe da rua, que passa por cima de um de seus trechos.

Localizada ao lado de uma elevatória da Cedae, uma das partes mais críticas do córrego assusta quem passa pelo local
Localizada ao lado de uma elevatória da Cedae, uma das partes mais críticas do córrego assusta quem passa pelo local |  Foto: Filipe Aguiar
 

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Segundo os moradores, o Rio Marimbondo deságua na Baía de Guanabara, mas, devido a obstruções ao longo de seu curso, seu caminho não tem sido facilitado por terra, lixo e até construções. Esses seriam alguns dos agravantes da sua situação, que chama a atenção de motoristas e pedestres.

William Pereira, de 57 anos, é dono de uma padaria localizada a alguns metros do córrego. Segundo ele, no último temporal forte que caiu na cidade, em janeiro deste ano, o rio transbordou em poucas horas e invadiu seu comércio.

"Perdi meus equipamentos de trabalho. Tive que ficar quatro dias sem funcionar, pois não tinha como trabalhar. A água chegou a mais de um metro de altura e demorou praticamente dois dias para descer", relata. O comerciante também diz que já viu pessoas caindo dentro do rio, por conta da falta de proteção ao redor.

Uma outra moradora que preferiu não se identificar diz que precisou "erguer" sua casa por conta das enchentes. Na última grande chuva, também em janeiro, ela teria perdido seu material de trabalho.

"Mora aqui há cerca de 15 anos. Percebi que a situação do valão piorou há uns seis anos. E a rua toda aqui enche. O bar, que é elevado, ficou com um palmo de água dentro e até na minha casa, que não é tão próxima assim do rio, ficou inundada", relata.

De acordo com um trabalhador que atua para desassorear o Rio Marimbondo, mais de 200 caminhões de lama já foram retirados nos últimos meses. Segundo ele, a situação é tão calamitosa que a máquina utilizada para a retirada de terra não consegue nem passar até a outra parte que precisa de limpeza.

Mais de 200 caminhões de lama já foram retirados nos últimos meses
Mais de 200 caminhões de lama já foram retirados nos últimos meses |  Foto: Filipe Aguiar
 

"Tive que pegar um barco para passar para o outro lado para conseguir continuar limpando aqui", afirmou. Ele diz que as árvores cortadas e jogadas dentro do córrego dificultam o trabalho, além de construções ilegais.

A situação é tão calamitosa que a máquina utilizada para a retirada de terra não consegue nem passar até a outra parte que precisa de limpeza
A situação é tão calamitosa que a máquina utilizada para a retirada de terra não consegue nem passar até a outra parte que precisa de limpeza |  Foto: Filipe Aguiar
 

O SÃO GONÇALO procurou o Instituto Estadual do Ambiente que informou que a solicitação da população foi registrada para futuras intervenções do Limpa Rio, não havendo, no momento, previsão desta intervenção específica.

A prefeitura, em apoio ao estado, na manutenção da malha hídrica estadual pode solicitar autorização para a limpeza e desassoreamento dos rios e canais integralmente em seu território.

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