Restaurante Popular da Central do Brasil é reaberto em meio a confusão
A demora para abrir, ao mesmo tempo em que uma multidão aguardava faminta, gerou imenso tumulto; a reabertura, após cinco anos, também contou com vaias ao governador Cláudio Castro
Após ficar fechado desde 2018 e receber uma obra parada por vários meses, o Restaurante Popular da Central do Brasil foi reaberto na manhã desta terça-feira (15), mas a cerimônia teve muita confusão e vaias ao governador Cláudio Castro (PL).
Após discurso e o descerramento da placa, o governador, autoridades e convidados se trancaram no salão para tirar fotos e deixaram uma multidão faminta do lado de fora. Alguns chegaram ainda de manhã, na esperança de almoçar.
No aperto diante das portas fechadas, uma pessoa desmaiou, e a Polícia Militar precisou ser acionada para tentar conter a confusão. Uma jornalista teve o celular furtado.
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Nesta terça (15), o almoço era de graça, e foram distribuídas 600 pulseiras. Mães com crianças se aglomeraram na tentativa de entrada.
“Confusão é sinônimo do que a população está precisando. Mostra a necessidade que tinha de um equipamento desse, as pessoas estão com fome. Elas vieram para cá, vão acostumar com o horário, mas no primeiro dia é assim”, disse Castro.
“Se coisa de rico tem confusão, imagina uma coisa como essa, que as pessoas precisam demais", concluiu.
O novo restaurante
Um novo refeitório foi construído em um terreno na Rua Barão de São Félix, entre a estação do VLT e o Terminal Américo Fontenelle, bem perto do anterior, que ficava junto à estação ferroviária.
Com capacidade para receber até 600 pessoas ao mesmo tempo e servir 3 mil almoços por dia, o bandejão cobrará R$ 1 por refeição. Deficientes físicos e idosos a partir de 60 anos não pagam. A unidade vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 11h às 15h.
O imóvel foi erguido numa área de 1,7 mil m², num investimento de R$ 9 milhões. A gestão do refeitório será feita em sistema de parceria pelo Sesc-RJ, que montou uma cozinha industrial em uma área próxima do local, para preparação das refeições, que vão chegar prontas ao estabelecimento. Elas vão ficar armazenadas em estufas.
O termo de cessão de uso do local com duração de um ano, podendo ser renovado, foi assinado pelo estado com a Fecomércio.