Famosos dão adeus à Léa Garcia em velório no Theatro Municipal do Rio
A atriz, de 90 anos, faleceu em Gramado, onde seria homenageada no Festival de Cinema da cidade
Acontece neste sábado (19), o velório da atriz Léa Garcia, que morreu na última terça-feira (15), após sofrer um infarto, em Gramado. Léa tinha 90 anos, e estava na cidade pois seria homenageada no Festival de Cinema de Gramado, por seu importante papel no cinema e na arte brasileira. No velório, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Centro, amigos, fãs e familiares se reuniram para dar um último adeus à artista.
O corpo de Léa Garcia chegou ao local por volta das 9h. Das 10h às 13h, a cerimônia foi aberta ao público, e os fãs puderam se despedir e prestar as devidas homenagens à atriz. A partir das 14h, familiares e amigos próximos se encaminharão à capela do Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio, onde será realizada uma cerimônia restrita, antes do sepultamento do corpo de Léa, às 15h30.
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Durante o velório, amigos e familiares da atriz se mostraram muito abalados com a perda, e o filho da atriz, Marcelo Garcia, que estava com a mãe quando ela faleceu, precisou ser consolado. A atriz Camila Pitanga, também chorou muito na despedida, e prestou suas homenagens à Léa com aplausos, junto dos demais presentes na cerimônia.
O pai de Camila Pitanga, Antônio Pitanga, também ator e amigo pessoal de Léa, foi um dos primeiros a chegar, e falou, emocionado, sobre sua relação com a atriz. "A Léa iluminou esse país. Tive a felicidade de, no início de carreira, a gente ter tido uma relação de amizade, ela me recebeu com muito carinho.", disse Antônio.
Léa Lucas Garcia de Aguiar, nasceu em 1933, e ficou muito famosa por seu trabalho como atriz, em uma época em que mulheres negras não exerciam essa profissão com frequência. Dentre seus papéis mais famosos, estão a personagem Rosa, em Escrava Isaura, novela que foi transmitida na TV Globo e consolidou a carreira de Léa como uma atriz renomada. Ela trabalhou não apenas na televisão, mas no cinema e no teatro também, e se tornou uma referência para jovens negros que sonhavam ser atores e atrizes.
A homenagem que seria feita a Léa Garcia, no Festival de Cinema de Gramado, foi mantida por um pedido da família, mesmo após a morte da atriz. Marcelo Garcia, filho de Léa, recebeu o Troféu Oscarito em nome da mãe, como uma forma de honrar o seu legado.