Passageiros são acusados de agressão e intolerância religiosa contra motorista de aplicativo
Caso aconteceu na Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais
Uma motorista de aplicativo diz ter sofrido intolerância religiosa e ter sido agredida por um casal de passageiros, na madrugada deste domingo (27), em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
De acordo com Mariana Domingues Fidelis, de 27 anos, o casal teria feito piadas sobre sua religião, a evangélica, por estar tocando música gospel no rádio do carro. Por esse motivo, a motorista teria optado por encerrar a corrida antes de chegar ao destino, o que teria enfurecido os passageiros.
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“Eles estavam falando coisas como ‘crente do rabo quente’. Eu desliguei o rádio, que sempre fica bem baixo, e perguntei se estava incomodando eles”, relatou a motorista ao G1.
Mariana afirmou que chegou a ser xingada pelo casal e, por isso, teria pedido que os dois descessem do veículo. Em seguida, eles teriam iniciado as agressões contra a motorista. Ela teria sido atacada com chutes e socos no rosto pelos dois passageiros, além de ter sofrido puxões de cabelo. A vítima teve seu rosto bastante machucado, com inchaço e cortes na face.
Segundo a motorista de aplicativo, um homem que passava pelo local tentou parar as agressões, mas foi só quando um guarda municipal de uma Unidade de Pronto Atendimento chegou e apontou uma arma que o passageiro homem parou de agredi-lá.
A Polícia Civil informou que o casal acusado foi conduzido para a delegacia para prestar depoimento e liberado em seguida. Eles teriam ainda assinado um Termo Circunstanciado de Ocorrência e se comprometido a participar de uma audiência a ser agendada pela Justiça.
Já a motorista foi levada para uma unidade saúde, onde passou por exames. Em seguida, ela foi prestar depoimento na delegacia e realizar o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Procurados pelo G1, o casal suspeito disse que os dois se alteraram e xingaram a motorista, porém negaram que teriam zombado da religião de Mariana. A passageira também afirmou que o namorado não teria participado das agressões, só separado a briga.
A empresa responsável pela corrida por aplicativo informou, também ao G1, que "repudia atos de preconceito, violência e intolerância religiosa" e que está em contato com a motorista para prestar suporte. Disse, ainda, que o passageiro foi bloqueado temporariamente do aplicativo.