Agente da PRF entra em CTI onde menina baleada está internada
O homem já foi identificado, mas ainda não se sabe o que ele estava fazendo à paisana nas dependências do hospital
Um agente da Polícia Rodoviária Federal é suspeito de entrar no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Este é o local onde Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, está internada em estado grave após ser baleada por policiais da PRF enquanto viajava de carro com a família, na noite da última quinta-feira (7).
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o policial flagrado à paisana tentando acessar o CTI do hospital em que Heloísa está internada, será investigado. Dependendo da motivação do agente, ele será denunciado à Justiça Federal por abuso de autoridade.
Leia mais:
Menina de 3 anos baleada no Rio de Janeiro segue em estado grave
Mulher morre afogada após carro cair em piscina no Guarujá
O MPF recebeu a informação de que um agente da PRF teria entrado no CTI sem autorização da segurança, apenas quando representantes chegaram ao local para dar início às investigações. Em nota, a PRF informou que a coordenadora geral de Direitos Humanos da corporação foi ao hospital, acompanhada de integrantes da Comissão Regional de Direitos Humanos, mas "fora essas pessoas, nenhum outro policial tinha autorização para estar no local". A PRF afirmou também que um processo foi aberto na corregedoria.
Segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, a Secretaria Municipal de Saúde está analisando as câmeras de segurança dos corredores do hospital para tentar entender de que maneira ocorreu a entrada do agente e como foi a circulação do mesmo dentro das dependências da unidade de saúde.
A direção do hospital esclareceu que o homem foi impedido de entrar no CTI pelo coordenador de segurança de plantão, que informou ao agente que ele não poderia estar ali, já que não tinha autorização. Logo em seguida o policial foi encaminhado para a sala da equipe médica responsável, onde estavam os funcionários do MPF.
O caso segue sendo investigado.