Carnavalesco Max Lopes é velado e cremado em Niterói
Velório foi realizado na presença de familiares, amigos e integrantes de escolas de samba no Cemitério Parque da Colina
O carnavalesco Max Lopes, mais conhecido como ‘o Mago das Cores’, foi velado e cremado na manhã desta terça-feira (26), no salão nobre do Cemitério e Crematório Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói. Max morreu aos 74 anos no último domingo (24), em Maricá.
Na presença de dezenas de pessoas e ao lado de bandeiras de escolas de samba em que construiu uma história, como a Viradouro, a Mangueira e a Imperatriz Leopoldinense, o corpo do carnavalesco carioca foi velado. Familiares, amigos e integrantes de escolas de samba em que Max já assinou desfiles participaram da cerimônia.
Leia também:
Carnavalesco Max Lopes, ex-Viradouro, morre em Maricá
Viúvo de Walewska diz que foi orientado a não ir em enterro
“Eu não estaria aqui hoje falando sobre uma figura ilustre do carnaval se não fosse o Max. Eu comecei a trabalhar com ele há 26 anos, trabalhei com ele por nove anos, e tudo que eu aprendi em termos de estrutura de carnaval, de mecânica, de barracão foi com ele. Tanto o Max quanto o Joãozinho Trinta foram quem me criaram uma identidade carnavalesca. E agora fica pra gente a história, o bigode mais famoso do Carnaval, a marca registrada dele. E eu espero que as futuras gerações reconheçam essa figura, reconheçam a história dele, a contribuição que nos foi dada” conta o carnavalesco da Porto da Pedra, Mauro Quintaes, de 65 anos. A agremiação gonçalense também faz parte da história de Lopes.
Tetracampeão do carnaval, Max recebeu homenagens em forma de coroas de flores de cinco das escolas de samba em que teve passagem: Imperatriz Leopoldinense, Mangueira, Salgueiro, Vila Isabel e Viradouro. A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) também enviou flores.
Sob emoção, amigos e colegas de trabalho discursaram na última despedida. Um músico da bateria da Mangueira também fez sua homenagem e, em seguida, foi acompanhado pelo canto dos sambas-enredo de 1984 da verde e rosa ‘Yes, Nós Temos Braguinha’ e o de 1989 da Imperatriz ‘Liberdade! Liberdade! Abra as Asas Sobre Nós!’, que consagraram o carnavalesco como campeão.
“O Max foi, acho que para todos da minha geração, uma referência absoluta. No meu caso, em particular, ele abriu portas. Pude aprender muito convivendo com ele e era a oportunidade de trabalhar com um ídolo. Alguém que, com suas ideias e sua arte, revolucionou o carnaval carioca. Era sempre um aprendizado, uma grande oportunidade de poder crescer. Ele será imortal”, diz o carnavalesco da Mocidade Alegre Jorge Silveira, de 42 anos, que trabalhou por dois anos com Max Lopes.
O ‘Mago das Cores’ veio a óbito aos 74 anos, no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá, por complicações de um câncer de próstata avançado. Na manhã do último domingo (24), ele sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ele será o grande homenageado da 7ª edição do Prêmio Machine - Bastidores do Carnaval, que acontece no final do mês que vem, na cidade do Rio.