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Jovem morre após comer bombom envenenado

O caso aconteceu no início de agosto, mas o laudo do exame de toxicologia de Fernanda Valoz, foi divulgado apenas na última quarta-feira (27)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de setembro de 2023 - 10:55
Fernanda tinha 27 anos, e deixa uma filha de 9
Fernanda tinha 27 anos, e deixa uma filha de 9 -

Uma mulher de 27 anos morreu em Maceió, Alagoas, após ingerir um bombom envenenado de uma suposta cigana, no dia 3 de agosto. Alguns minutos depois de comer o doce, Fernanda Silva Valoz da Cruz Pinto começou a passar mal, e morreu no dia seguinte (4 de agosto). O envenenamento foi confirmado na última quarta-feira (27), após a divulgação do laudo do exame de toxicologia da jovem.

Segundo a família de Fernanda, a jovem contou ter comido um bombom, minutos antes de começar a passar mal, que ganhou de uma idosa no centro de Maceió. A senhora teria se apresentado à Fernanda como uma cigana, e feito uma previsão do que aconteceria com ela. 


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"Ela contou para a minha sobrinha, prima dela, que foi pagar uma conta, um boleto, no comércio. Aí na correria foi abordada por uma pessoa que se apresentou como cigana, e que pediu para ler a mão dela. Minha filha estava com pressa, mas acabou parando e atendendo ela. E aí quando ela parou, a cigana leu, e disse para ela ter cuidado, que ela tinha poucos dias de vida. Minha filha disse que ficou assustada, e aí a cigana disse que ia dar um presente a ela, e deu esse bombom de chocolate, que era para ela comer quando sentisse fome", disse Fernando Valoz, pai da vítima.

"Minha filha disse que 40 minutos depois de comer, começou a sentir uma dor na barriga e foi para casa. Chegou em casa teve diarreia e muitas dores, tomou dipirona para passar, depois tomou um chá, mas continuou piorando e teve que ir para o hospital no final da noite, por volta de 11 horas".

"Lá na Santa Casa, ela ficou sob observação, tomou medicamento para aliviar a dor, e ficou com essa minha sobrinha de acompanhante, prima dela. Aí quando foi perto das 4 da manhã, ela começou a ter falta de ar, a espumar pela boca, revirando os olhos, provavelmente reação do veneno, e aí com 20 minutos morreu", relatou o homem o pai da jovem.

Por ter um caso prévio de úlcera e gastrite, a família chegou a desconfiar que pudesse ser uma intoxicação alimentar, já que Fernanda já apresentava uma quadro em que tinha muitos vômitos, às vezes até com sangue. No entanto, ao saber que a filha estava espumando pela boca, Fernando estranhou e pediu que uma autópsia fosse feita.

"Quando eu soube que minha filha estava espumando pela boca achei estranho, por isso pedi a autópsia. Minha filha já estava no caixão, e eu pedi para tirar, porque eu queria esclarecer isso", narrou o pai da vítima.

Até a última quarta-feira (27), em que a confirmação de envenenamento foi dada, o caso estava registrado como "morte a esclarecer". Agora, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Maceió investiga o homicídio de Fernanda Valoz. 

No laudo, a necropsia identificou altos índices das substâncias sulfotep e terbufós no corpo da vítima, que, de acordo com o chefe do Laboratório de Química e Toxicologia e perito criminal Thalmanny Goulart, responsável pelo exame em Fernanda, são substâncias muito utilizadas como agrotóxicos.

“Infelizmente mais um caso envolvendo envenenamento pelas substâncias sulfotep e terbufós. Essas substâncias têm grande prevalência nos casos de envenenamento/intoxicação no Brasil e pelo seu fácil acesso, apesar de ser regulada pelo Ministério de Agropecuária, Pecuária e Abastecimento“, informou o perito.

Fernanda deixa uma filha de 9 anos, e o caso segue sendo investigado pela DHPP.

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