Chuva destrói instalações de prédio recém inaugurado da UFF
Inaugurado em abril deste ano, o novo prédio do Instituto de Arte e Comunicação Social foi parcialmente destruído
Estudantes e professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) viveram na noite da última quinta-feira (06), cenas assustadoras. Em quinze minutos de chuva e vento intensos, o novo prédio do Instituto de Arte e Comunicação Social, chamado como Novo IACS pela comunidade acadêmica, teve suas instalações destruídas.
O prédio que levou 10 anos para ser construído, foi inaugurado em abril deste ano e não resistiu aos ventos tipo ciclone. Partes do teto caíram, o portão do prédio foi arrancado pelo vento e arrastado até o pátio, além de vidros, estilhaçados, placas de metal e destroços que estavam voando no lado interno e externo do prédio.
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Em uma sequência de tweets na rede social X, antigo Twitter, um professor da UFF, relatou os momentos vivenciados junto aos estudantes: ‘’Começou pouco antes das 19h30. Eu estava dando aula quando começou a chuva com ventos apavorantes. Transformadores explodiram e a luz apagou. Partes do teto começaram a cair no corredor, vidros se quebraram e víamos destroços voando lá fora. A sala, no segundo andar, foi alagada.’’, contou.
‘’O portão do prédio foi arrancado pelo vento, indo parar no pátio. Várias esquadrias de janela também voaram. Muitos estilhaços, vidros e placas de metal forraram o piso, já inundado, junto a pedaços do teto. No térreo, a água batia no tornozelo. Fora, árvores caíram sobre carros.’’, continuou.
Ainda segundo o discente, uma aluna ficou ferida após tempestade. ‘’Acima de tudo, torço para que nenhuma vida tenha sido perdida. Vi uma aluna sangrando na saída do campus, já socorrida. O estrago material foi enorme, mas será ainda pior se soubermos de alguma perda humana. Que alunos, professores, técnicos e terceirizados estejam todos bem.’’, concluiu.
Nos grupos do Whatsapp, diversos alunos que estavam em aula no momento da chuva, registraram a devastação. O estudante de Arquivologia Bernard Gonçalves, de 21 anos, relatou que em pouco tempo após o início da chuva o clima caótico se instalou.
‘’A gente tava tendo aula de Gestão de Documentos 1, aí começou a chover quase que do nada, sabe? Choveu muito, ventou muito, fechamos as janelas, não se via quase nada, porque ficou tudo embaçado! A gente viu uma parte dos corredores perto do segundo andar com bastante água. Faltou luz na nossa sala, ela foi e voltou umas 3 vezes. Depois que a chuva foi parando, a água diminiu, voltamos a ver o campus, mas aí vimos uma barraca de um evento virada no chão!’’, relatou.
Aulas suspensas
Nesta sexta-feira (06), o departamento do Instituto de Arte e Comunicação Social suspendeu as atividades para a manutenção dos prédios que foram devastados pelo vendaval. Uma avaliação técnica da Superintendência de Operações e Manutenção da UFF (SOMA), concluiu nesta manhã, que entre os Campus do Gragoatá, Praia Vermelha e Valonguinho, este último foi o mais prejudicado: ‘Muito atingido, rede elétrica danificada nas subidas do Mazine Bueno e pelo DCE. Árvores caídas levando consigo a rede elétrica. Área de risco. Serão interditados os acessos de veículos. Passagem de pedestres monitorada.’’
Até o momento, não há informações sobre o valor estimado do dano material.
Sob supervisão de Marcela Freitas