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Pai do DJ Alok e fãs brasileiros relatam explosões em rave, em Israel

Juarez Petrillo, pai do DJ estava na edição israelense do festival eletrônico Universo Paralello; 260 corpos foram encontrados no local

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de outubro de 2023 - 09:30
Juarez Petrillo relatou através do stories o momento do ataque
Juarez Petrillo relatou através do stories o momento do ataque -

A edição israelense da festa eletrônica Universo Paralello que estava acontecendo no último sábado (7) em Tel Aviv, no Sul de Israel, foi interrompida após um ataque orquestrado pelo grupo extremista Hamas, que deixou cerca de 260 pessoas mortas no local. O DJ Swarup, Juarez Petrillo, pai dos DJS Alok e Bhaskar é o organizador da festa e estava no local. Dois brasileiros que estavam no local estão desaparecidos.  

Juarez é o criador do festival de eletrônica e psytrance Universo Paralello, que nasceu nos anos 2000 em Goiás e foi ganhando edições em outros lugares, como Tel Aviv. Nesta edição, em Israel, a festa aconteceu há cerca de 20 minutos da fronteira com a Palestina. O festival, que começou durante a noite, foi interrompido às 6h quando as bombas começaram a cair na região. 


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“Gente, acabou a festa porque está tendo bombas. Estou chocado”, contou o DJ. “Surreal! Era para ser eu tocando, mas o line-up atrasou uma hora”, ele narra. ‘’Foi a primeira vez que aconteceu isso, nunca uma festa parou assim. Sei nem o que dizer”, disse através dos stories do Instagram. 

Um brasileiro, natural de Porto Alegre (RsS), desapareceu após ataque do grupo palestino. Ranani Glazer, de 24 anos, também estava na festa quando o país foi alvo do bombardeio. Amigos chegaram a relatar que o jovem estava escondido em um abrigo, mas que o local teria sido invadido. Desde então, os familiares não receberam mais notícias do gaúcho.

Ranani Glazer desapareceu após o ataque
Ranani Glazer desapareceu após o ataque |  Foto: Reprodução

Um outro brasileiro, o paulistano Rafael Birman, de 30 anos, relatou ao G1 sobre os momentos do ataque: “Pegamos uma estrada errada e demos de cara com o portão da fronteira. Foi quando terroristas armados começaram atirar na gente e tivemos que fugir a pé, procurando abrigo junto com soldados baleados das Forças Israelenses. Vimos centenas de corpos nas ruas e gente ensanguentada, com carros que tinham acabado de ser atingidos por bombas”, contou. 

O paulistano e os amigos foram abrigados por uma judia durante seis horas
O paulistano e os amigos foram abrigados por uma judia durante seis horas |  Foto: Reprodução

Junto aos amigos, ele pegou o carro e fugiu por uma estrada que encontrou para o Norte, em direção à capital, Tel Aviv. Mas a saída apressada do local quase custou a vida do grupo, o carro foi atingido por 200 tiros, mas felizmente, ninguém ficou ferido. O brasileiro contou ainda que chegou a ser abrigado por 6 horas num bunker, um abrigo antibombas. 

“Eles abrigaram oito pessoas no bunker, por pura solidariedade. Ficamos pelo menos seis horas lá dentro e foi quando começamos a ter noção do tamanho desse ataque do Hamas e de como tivemos sorte de termos escapado com vida. Até agora as cenas das pessoas ensanguentadas, com carros explodidos e gritando ‘terroristas, terroristas’, não saem da minha cabeça”, disse o rapaz.

Através de um comunicado pelo Instagram, o evento se disse chocado com o ataque. 

“O time Universo Paralello, consternado, chocado e indignado pelo ataque às vidas inocentes, esclarece algumas informações referente ao vínculo do Festival com o evento @tribe_of_nova Universo Paralello Edition, que aconteceu na região. O ataque não foi somente na região do evento, mas orquestrado simultaneamente em todo o país com mais de 2 mil mísseis. Mais uma vez, estamos consternados, chocados e assustados com tudo que aconteceu e deixamos explicitamente a nossa revolta e nossos sentimentos às vítimas desse ataque perverso”, afirmou a nota.

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