Conflito entre Hamas e Israel deve afetar a economia no Brasil, revela pesquisa
Segundo o levantamento do Radar Febraban, apesar de preocupada com o impacto da guerra na economia do país, população vê aspectos positivos no cenário
O conflito travado entre Israel e o Hamas, que se iniciou no dia 7 de outubro, está deixando todos os países do mundo em alerta quanto às consequências da guerra. Uma pesquisa realizada pelo Radar Febraban, uma entidade que representa os bancos brasileiros, revelou que a população do Brasil acredita que o conflito pode afetar a economia brasileira.
Segundo o levantamento, 83% dos participantes acreditam que o conflito iniciado neste mês poderá prejudicar a economia no Brasil. Na região Sudeste, quando perguntada sobre a economia do país até o final do ano, 15% da população disse acreditar que a situação deve piorar. Em contrapartida, 82% ainda acreditam que a economia vai melhorar ou permanecer igual. Apesar de preocupada com o impacto da guerra na economia do país, a população vê aspectos positivos no cenário, como o controle da inflação.
A pesquisa para além da guerra
Para 49% da população na região, o Brasil está melhor em 2023 do que no ano passado. Em setembro, essa percepção era de 46% dos entrevistados. Na vida pessoal, a opinião de que 2023 está melhor abrange 47% dos entrevistados (eram 44% em setembro). Outros 71% acham que a vida pessoal e da família vai melhorar até o final deste ano. Em setembro, 69% disseram o mesmo.
Leia também:
➢ Lula se reúne com Putin para conversar sobre conflitos internacionais
➢ Oitavo voo de repatriação deixa Israel com 209 passageiros e 9 pets rumo ao Brasil
Para 42% dos entrevistados, os preços estão iguais ou menores nos últimos seis meses. Em setembro, 40% afirmaram o mesmo. A inflação e o custo de vida ficarão no mesmo patamar ou vão diminuir nos próximos seis meses para 51% da população. Outros 46% pensam que eles devem aumentar
Com relação aos impostos, 54% acham que eles vão aumentar enquanto outros 42% acreditam que eles permanecerão os mesmos ou vão diminuir. O percentual daqueles que pensam que a taxa de juros ficará estável ou vai diminuir atinge 51%. Os que apostam na alta de juros somam 45%.
Sobre o nível de emprego, 62% disseram que estão otimistas e que ele vai aumentar ou permanecer igual, enquanto 35% pensam que crescerá o desemprego. O poder de compra deve aumentar ou permanecer igual para 64%; para outros 33%, vai diminuir.
O acesso ao crédito vai aumentar ou manter-se nos níveis atuais para 72% dos entrevistados. Em oposição, 22% pensam que deve diminuir.