CRMV-RJ reivindica contratação de médicos-veterinários na duplicação da Rio-Santos
Obra de duplicação da Rio-Santos atinge a unidade de conservação do Parque Estadual Cunhambebe, que vai de Itaguaí até Paraty
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) está empenhado e intensificando esforços para garantir a presença de médicos-veterinários durante as obras de duplicação da Rio-Santos, reconhecendo a importância de mitigar os impactos ambientais e garantindo mercado de trabalho a esses profissionais.
Em uma reunião presidida por Diogo Alves, presidente do CRMV-RJ, juntamente com o embaixador desta autarquia da região de Mangaratiba, o médico-veterinário Eduardo Mayhe Ferreira, representantes do grupo CCR RioSP, e a equipe de gestão do parque Cunhambebe, foi discutida a necessidade da presença dos médicos-veterinários, essencial para garantir o bem-estar ambiental e animal durante o projeto de duplicação.
Ainda foi solicitado ao grupo, os planos abaixo para ciência do CRMV-RJ: Termo de Referência do Instituto Estadual do Ambiente (INEA); o Termo de Referência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); o Programa de Supressão de Vegetação; o Plano de Resgate e Afugentamento de Fauna; o Programa de Monitoramento, Prevenção e Controle de Atropelamento de Fauna; o Plano de Gerenciamento de Resíduos e Serviços de Saúde; e o Projeto com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
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De acordo com Eduardo Mayhe, a obra de duplicação da Rio-Santos atinge a unidade de conservação do Parque Estadual Cunhambebe, que vai de Itaguaí até Angra dos Reis.
“Os pontos críticos são os túneis de Muriqui e da Praia do Saco, por onde iniciará a obra de duplicação, que é parte da área de amortecimento do Parque Estadual Cunhambebe. É de grande importância essa aproximação do novo CRMV-RJ, levando o conceito de Saúde Única e inserindo o médico-veterinário, profissional essencial nesse contexto. Sempre nos colocando à disposição como órgão consultivo”, declarou.
A presença de um médico-veterinário responsável técnico em projetos de grande escala, como a duplicação da rodovia Rio-Santos, desempenha um papel crucial na proteção e preservação do meio ambiente. Com o crescimento contínuo das atividades de construção e desenvolvimento, a necessidade de considerar os impactos ambientais se tornou uma prioridade essencial.
O CRMV-RJ ressalta que, no contexto específico do projeto de duplicação da Rio-Santos, a presença de um profissional qualificado em Medicina Veterinária se torna fundamental para garantir a implementação de medidas efetivas de mitigação de danos à fauna e flora local.
Além de assegurar a conformidade com as regulamentações ambientais vigentes, o médico-veterinário é capaz de oferecer percepções valiosas e soluções práticas para lidar com desafios específicos relacionados à conservação da biodiversidade, contribuindo significativamente para a elaboração e implementação de planos de ação detalhados, que visam preservar a fauna, minimizar o impacto na vegetação e mitigar riscos ambientais.
Além disso, o envolvimento de um profissional da área qualificado pode assegurar a implementação de práticas éticas no tratamento de animais afetados pelo processo de construção. Isso inclui o resgate e cuidado adequado de animais silvestres deslocados, bem como a prevenção de atropelamentos e o gerenciamento apropriado de resíduos biológicos resultantes da obra.
A presença ativa de um médico-veterinário como responsável técnico fortalece não apenas a conformidade legal, mas também a reputação e o legado ambiental do projeto, promovendo um equilíbrio saudável entre o desenvolvimento humano e a preservação do meio ambiente.