Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,6788 | Euro R$ 6,1388
Search

Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses

Três unidades de ensino estão inativadas e se tornaram local de acúmulo de lixo, mato e 'abrigo" para usuários de drogas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 01 de novembro de 2023 - 10:04
CIEP no Tenente Jardim está desativado há cerca de seis anos
CIEP no Tenente Jardim está desativado há cerca de seis anos -

Dois CIEPs e um colégio estadual desativados no município de São Gonçalo continuam a preocupar gonçalenses que vivem no entorno. Uma equipe de reportagem do SÃO GONÇALO esteve nos três locais, no Tenente Jardim, Paraíso e Porto do Rosa, e constatou o estado crítico do que sobrou das antigas instituições de ensino.

CIEP no Tenente Jardim

Fechado desde o fim de 2016, o CIEP 425 Professora Marlucy Salles de Almeida, no bairro Tenente Jardim, era considerado uma referência na região. Atualmente, a escola estadual está desativada e a estrutura do prédio está destruída, portas e janelas foram levadas, e o lixo e o mato tomaram conta do local. Nenhum objeto escolar restou no espaço.

  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 1/4
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 2/4
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 3/4
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 4/4
    Fullscreen
Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses

Leia também:

Escola estadual é destruída e invadida em São Gonçalo

Escolas sofrem com falta de investimentos do Governo 


Segundo o deputado estadual Professor Josemar (PSOL-RJ), que deu aulas por 16 anos no CIEP 425 e chegou a gravar dois vídeos na unidade, um em 2020 e outro no mês passado, há um Inquérito Civil instaurado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para investigar o fechamento deste CIEP e mais quatro unidades em São Gonçalo e ele tem feito sua contribuição.

"Como deputado, estou tomando várias iniciativas tanto no âmbito legislativo como no jurídico. Enviei, mais uma vez, mensagem para o Governo do Estado solicitando informações sobre o fechamento dos CIEPs de São Gonçalo e notificando para a restauração e reabertura das escolas", comunicou.

De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), devido a baixa procura por vagas na unidade, em 2017, os alunos que lá estudavam foram transferidos para o CE Conselheiro Macedo Soares, a menos de 2km de distância, e a unidade teve as atividades pedagógicas encerradas. Foi cogitada a possibilidade do imóvel abrigar o Arquivo-Geral da Seeduc, porém, o projeto foi interrompido e, em 2021, foi feita a extinção da unidade.

"Ainda em 2021, o Instituto Sustentável Alvarenga solicitou cessão do prédio para oferta de cursos. O pedido foi remetido à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - Seplag, responsável pelos imóveis do estado e que assumiu esta questão", informou a Secretaria.

CIEP no Porto do Rosa

Já o CIEP 045, no Porto do Rosa, também enfrenta uma situação de descuido parecida. A entrada da unidade, composta por uma rampa, sofre com a falta de poda e com o acúmulo de lixo. A altura do mato chega a "esconder" o prédio principal da unidade de ensino, que não possui mais portas ou janelas, nem mesmo o portão de entrada.

  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 1/10
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 2/10
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 3/10
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 4/10
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 5/10
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 6/10
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 7/10
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 8/10
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 9/10
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 10/10
    Fullscreen
Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses

O local se tornou um ponto vulnerável para o acesso de traficantes e usuários de drogas. Em janeiro de 2015, funcionários foram expulsos por homens em motocicletas, que estariam cumprindo uma determinação do tráfico local. A expulsão seria uma retaliação às denúncias de que traficantes haviam montado uma ‘boca de fumo’ nas dependências da escola.

A unidade chegou a ser municipalizada em 2005, mas foi devolvida ao Estado nos primeiros meses de 2016. Segundo o Governo do Rio, atualmente, está em análise de viabilidade se a unidade será oficialmente extinta ou não, bem como a possibilidade de cessão do imóvel para atividades educativas, esportivas e culturais.

Colégio estadual no Paraíso

Funcionando atualmente no CIEP 237 Jornalista Wladmir Herzog, a cerca de 100 metros de onde funcionava anteriormente, o Colégio Estadual Coronel João Tarcisio Bueno, no Paraíso, repete o mesmo cenário visto nas outras duas escolas.

  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 1/5
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 2/5
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 3/5
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 4/5
    Fullscreen
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
    Câmera 5/5
    Fullscreen
Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses
  • Escolas estaduais desativadas preocupam gonçalenses

Fechado desde agosto de 2015, quando parte do telhado da biblioteca caiu, a unidade teve sua estrutura depredada e, hoje, seu pátio virou estacionamento irregular de veículos e local de acúmulo de lixo. Localizado em frente a uma praça, o antigo prédio do colégio também já não possui mais objetos escolares, portas e janelas.

Em reportagem publicada pelo SÃO GONÇALO em janeiro de 2019, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que a gestão, que havia assumido há menos de 15 dias, já estaria coletando as informações necessárias para tomar as providências cabíveis, sempre priorizando o atendimento pedagógico dos estudantes.

Em nota, nessa quarta-feira (31), a Seeduc afirmou que a migração do antigo espaço para o atual não causou prejuízos pedagógicos, "pelo contrário, diante de um espaço maior, houve aumento na oferta de vagas".

Seeduc diz não haver falta de vagas

Segundo o Censo/INEP 2022, o município de São Gonçalo possui 77 escolas estaduais. Segundo a Constituição Federal, o Ensino Médio é prioridade do governo estadual, mas ele também pode atuar, em parceria com os municípios, na oferta do Ensino Fundamental.

Conforme informações da Secretaria Estadual de Educação, as demandas para o Fundamental – Anos Finais e para o Médio são atendidas pela oferta de vagas do estado e do município de São Gonçalo, "não havendo qualquer necessidade dos citados imóveis escolares para o pleno atendimento das demandas nas suas localidades, inclusive com a existência de saldo de vagas para os referidos cursos", indicou a Seeduc.

Matérias Relacionadas