Alunos de colégio tradicional no Rio utilizam inteligência artificial para manipular fotos de colegas
O caso aconteceu no Colégio Santo Agostinho da Barra da Tijuca, e cerca de 20 alunas tiveram montagens explícitas com seus rostos, expostas em grupos de WhatsApp
Mães e pais do Colégio Santo Agostinho da Barra da Tijuca, foram à 16ª DP (Barra da Tijuca) e denunciaram montagens feitas por alunos do 7º ao 9º ano da escola, em que teria sido utilizado da inteligência artificial para criar imagens de colegas de classe nuas. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga o caso.
De acordo com informações, alguns meninos da escola teriam usado um aplicativo da deep web para recortar fotos com o rosto de meninas e colar em corpos de mulheres nuas, fazendo os ajustes necessários para que parecessem o mais real possível. Cerca de 20 meninas, estudantes do colégio ou não, foram expostas e tiveram imagens explícitas com seus rostos espalhadas por grupos de alunos no WhatsApp.
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A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente emitiu uma nota em que informou ter aberto um procedimento para investigar o caso, e os envolvidos já estão sendo convocados para prestarem depoimento. A investigação busca entender o que aconteceu e identificar os autores do crime.
Em um comunicado enviado às famílias dos alunos, o tradicional Colégio Santo Agostinho lamentou o caso e disse que irá tomar providências acerca do ocorrido.
"Nós nos solidarizamos com as alunas envolvidas e suas famílias. A equipe diretiva não tem medido esforços para estar à disposição, atendendo às famílias, acolhendo as alunas, apurando informações e repassando as orientações jurídicas cabíveis. Também serão tomadas as medidas disciplinares aplicadas aos fatos cometidos, em tutela escolar. Pedimos a compreensão de todos os envolvidos, pois a condução dos atendimentos demanda tempo e não podemos tomar decisões precipitadas", declarou a instituição aos pais.
A Polícia Civil está conduzindo as investigações, que ao serem concluídas podem levar os envolvidos a responderem judicialmente pelo crime. Nesta ocorrência, os acusados podem responder por fato análogo à simulação e participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual.