Brasileiros ficam fora da lista de autorizados a deixar Gaza
Ao todo, 34 brasileiros ainda estão na zona de guerra aguardando autorização para voltar para o Brasil
A 5ª lista com estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza divulgada nesta terça-feira (7) não contemplou os brasileiros. A lista tem o nome de 605 estrangeiros e é formada por uma maioria de alemães (159), seguidos por nacionais da Romênia (104), da Ucrânia (102), do Canadá (80), da França (61), da Moldávia (51), das Filipinas (46), e do Reino Unido (2).
Uma outra listagem com permissão de saída de civis foi feita e divulgada na segunda-feira, com 329 pessoas de outros países. Estima-se que existem, em Gaza, estrangeiros de 44 países, um total de 7,5 mil pessoas.
O Governo do Egito aponta que aproximadamente 500 pessoas por dia cruzam a fronteira de Rafah. A fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, é o único local para entrada e saída de pessoas ou mercadorias no enclave palestino. Estrangeiros e palestinos feridos estão sendo autorizados a deixar Gaza desde a última quarta-feira (1º). Porém, a fronteira foi fechada no último sábado (4) depois que Israel bombardeou um comboio de ambulâncias com feridos que haviam sido autorizados a deixar o país. A fronteira só foi reaberta nessa segunda-feira (6).
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Somados os óbitos de Gaza e de Israel, a disputa no Oriente Médio já fez 11.422 vítimas.
Operação Voltando em Paz
Mais de 1,4 mil brasileiros já foram repatriados através da Operação Voltando em Paz, vindos de Israel e da Cisjordânia. Os 34 brasileiros que aguardam autorização para deixar a Faixa de gaza estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza – com equipes e ônibus de prontidão, medicamentos e alimentação – até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um aeroporto da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda.
Devido ao cerco imposto por Israel à Faixa de Gaza, os brasileiros e as agências de ajuda humanitária têm relatado falta de água potável, eletricidade, alimentos e remédios no enclave palestino. Segundo a ONU, a ajuda humanitária autorizada a entrar é insuficiente para cobrir as necessidades de cerca de 2,2 milhões de pessoas.
O primeiro voo da operação aconteceu dia 11 de outubro, com 104 brasileiros a bordo.