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Mortes devido ao calor extremo podem aumentar quase cinco vezes até 2050, conforme relatório da ONU

Com um aumento de aproximadamente 1,1ºC na temperatura média, a população já enfrentou, em média, cerca de 86 dias de temperaturas elevadas entre 2018 e 2022

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de novembro de 2023 - 16:23
2023 será o ano mais quente já registrado na história
2023 será o ano mais quente já registrado na história -

A incidência de mortes relacionadas aos efeitos do calor extremo está prevista para quase quintuplicar nas próximas décadas, conforme destaca um relatório elaborado por mais de 100 especialistas de 52 instituições de pesquisa e agências da ONU em todo o mundo. As conclusões alarmantes foram publicadas nesta quarta-feira (15) na revista The Lancet.

O documento enfatiza que a saúde global está em sério risco, especialmente em um cenário de aumento médio da temperatura de 2ºC em comparação com o período pré-industrial até o final do século. Nesse contexto, as mortes associadas ao calor poderiam aumentar em 4,7 vezes até o ano de 2050, sendo as pessoas com mais de 65 anos as mais vulneráveis.


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O relatório revela um aumento significativo de 85% nas mortes atribuídas ao aumento das temperaturas nessa faixa etária na última década (2013-2022), comparado com o período de 1991-2000.

As projeções apontam que 2023 será o ano mais quente já registrado na história. Os cientistas alertam que o calor é apenas um dos fatores climáticos que contribuirão para o aumento da mortalidade.

Além disso, o relatório destaca que ondas de calor mais frequentes podem resultar em aproximadamente 525 milhões de pessoas enfrentando insegurança alimentar moderada ou grave até meados do século, aumentando o risco global de desnutrição. O aumento da incidência de doenças infecciosas transmitidas por mosquitos, como a dengue, é uma preocupação, com a transmissão da doença podendo registrar um aumento de 36%.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, comentou sobre o relatório, afirmando que a humanidade está enfrentando um futuro intolerável. Ele destacou os impactos devastadores das ondas de calor extremo, secas prejudiciais às colheitas, fome crescente, surtos de doenças infecciosas, tempestades e inundações que já estão afetando bilhões de pessoas em todo o mundo.

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