Paciente com câncer sofre mais uma vez com falta de medicamento no Antônio Pedro
Claudio Chafin precisa tomar o medicamento uma vez por mês
Mais de dois meses depois do primeiro obstáculo em seu tratamento contra o câncer de medula óssea, Augusto Claudio Chafin, de 62 anos, volta a passar por problemas com o Hospital Antônio Pedro (HUAP), da UFF.
Nesta quarta-feira (22), Claudio foi ao local para tomar um medicamento, Zometa, e, ao chegar no hospital, recebeu a notícia de que o remédio estava em falta. O Zometa é utilizado em pacientes que estão fazendo tratamento de câncer, e ele age na redução de cálcio no sangue de pacientes com um nível elevado de cálcio na circulação sanguínea, um quadro causado por tumor.
O medicamento faz parte da rotina de tratamento de Claudio, e ele toma uma vez por mês. Além do remédio em falta, o paciente relata outro incômodo no HUAP: a climatização do ambiente. “Na outra vez, a sessão foi cancelada por conta de uma manutenção na refrigeração. Chegando lá ontem [quarta-feira] estava um calor insuportável, além da falta do Zometa”.
Leia também:
Paciente tem sessão de quimioterapia cancelada no Antônio Pedro
Estufa de maconha que funcionava com 'gato' de energia é encontrada em Niterói
O paciente conta que o HUAP não deu informação se há previsão de retorno do medicamento ao hospital.
Em resposta ao O SÃO GONÇALO, o Hospital Universitário Antônio Pedro informou que "o medicamento citado estava em falta em toda a rede de saúde nas últimas semanas, sendo um problema geral no estado. Por conta disso, o hospital teve seu estoque afetado. No entanto, o Huap informa que conseguiu uma empresa fornecedora e já autorizou o início do processo de compra. Dessa maneira, o medicamento será disponibilizado aos nossos pacientes em breve".
"O Huap reforça que permanece realizando todos os esforços possíveis para garantir a assistência dos pacientes", conclui a nota.
Relembre
Em setembro deste ano, Claudio teve sua sessão de quimioterapia cancelada por um problema na sala que seu remédio estava armazenado. Na época, o HUAP afirmou que o cancelamento foi feito pensando na segurança das pessoas que tinham contato com o medicamento, como os pacientes e os profissionais do hospital.