Segurança da Zara se torna réu por crime de racismo contra jogador
Fato aconteceu em junho deste ano dentro de loja no Barra Shopping, Zona Oeste do Rio
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) tornou Henrique Durães Bernardes, segurança de uma loja da Zara no Barra Shopping, réu por crime de racismo. O homem foi acusado de seguir Guilherme Ribeiro Quintino Machado, jogador do Brusque, e impedir o rapaz de deixar a loja.
Além de fazê-lo réu, o MPRJ também pediu que a unidade da Zara, no shopping do bairro na Zona Oeste, seja fechada por três meses. O caso aconteceu em junho deste ano, no dia 18, e foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
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A denúncia do MPRJ diz que: "Ao se voltar contra pessoa de raça negra, sem qualquer justificativa plausível, dando-lhe tratamento constrangedor e humilhante, e que certamente não se dispensaria a outras pessoas, o denunciado impôs ao consumidor negro restrições de locomoção e exigências desarrazoadas, com potencial de causar-lhe odiosa inferiorização e perversa estigmatização”.
O fato foi gravado pela vítima e compartilhado nas redes sociais. Na legenda do post, Quintino escreveu que, após sair da loja, o segurança "me fez retornar com minha namorada para mostrar onde eu havia deixado a ecobag da loja".
Confira o vídeo postado no Instagram do jogador.