Suspeito de matar adolescente pintou bicicleta para não ser reconhecido
Corpo da jovem foi enrolado em um lençol Corpo da jovem foi enrolado em um lençol
Janildo da Silva Magalhães, de 38 anos, preso na última segunda (4) por estuprar e matar a adolescente de 14 anos Amélia Vitória de Jesus, em Goiás, tentou se desvencilhar das provas que o associassem ao crime. O autor rasgou a camisa que usou no crime e pintou a bicicleta em que carregava a vítima por pelo menos 6 km.
O suspeito deve responder pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável. Durante uma coletiva de imprensa, os delegados Eduardo Rodovalho e André Botesini informaram que o acusado possui registros por uma série de crimes como roubo, crimes sexuais, tráfico de drogas e até homicídio. Janildo é aposentado por invalidez.
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Ainda conforme informações cedidas pelos delegados, o suspeito apresentou um comportamento diferente logo após o caso ser notificado nos telejornais. ‘’Ele saiu de casa já com um comportamento estranho. A mãe dele diz que ele falou: ‘Eu vou sair, não me espere. Não sei se vou voltar amanhã e nem se vou estar vivo’. No dia seguinte retornou já com outro comportamento, dizendo que ia pintar a bicicleta e depois sempre ficando alterado com reportagens da menina na televisão’’, afirmou o delegado Eduardo Carvalho.
A irmã de Janildo também relatou que quando o irmão retornou para casa na manhã seguinte ao desaparecimento da vítima, ela encontrou uma blusa rasgada num canto da casa e recolheu. A Polícia acredita que Janildo iria queimar a camisa para se livrar das provas.
A irmã dele disse que dizia: ‘Além de fazer maldade, não dá à família nem a chance de se despedir’. Eu acredito que essas palavras fizeram com que ele voltasse para colocar o corpo na rua”, contou o delegado.
Janildo foi identificado por um material genético colhido no corpo da vítima. O DNA dele já estava constando no Banco Nacional de Perfis Genéticos por já ter respondido na justiça em razão de um caso de estupro cometido em 2017, que aconteceu em Vale Verde, no sudoeste goiano.
Indícios das investigações apontaram que Janildo tinha o hábito de roubar e furtar coisas de bicicleta na região em que Amélia estava desaparecida. A principal hipótese estudada pela polícia é a de que ele teria ido na região para praticar furto, quando viu a menina de 14 anos e decidiu raptá-la para cometer estupro.
Segundo o delegado, o acusado aproveitou a pouca movimentação do lugar para ameaçar a adolescente com uma faca e leva-la para trás de um imóvel, numa área de mata, onde cometeu o primeiro estupro.
Após o primeiro ato de violência sexual, Janildo colocou a vítima no cano da bicicleta e percorreu 6 quilômetros até um lugar onde costumava usar drogas e deixar os bens roubados. No imóvel abandonado, Janildo estuprou a menor durante toda a noite e por fim, decidiu matá-la por asfixia. Durante a perícia, foram encontrados objetos como peças íntimas, sangue e fios de cabelo da menina. A suspeita da corporação é de que o acusado tenha tentado contra a vítima um mata-leão ou asfixia com auxílio de um lençol.
Com a prisão do homem, o delegado não descarta a possibilidade do pronunciamento de novas denúncias.