Família de músico preso em SG cria vaquinha para contratar advogado
Parentes buscam provar inocência de jovem preso no último dia 4 de dezembro
‘’Injustiçada, largada, maltratada pelo Estado que não deu direito até agora para meu filho fazer uma ligação para a família.’’, é dessa forma que Nádia Conceição, de 42 anos, se sente após tentar provar a inocência de seu filho, Leonardo Antonio da Conceição Albertino, de 21 anos, preso no último dia 4 de dezembro enquanto trabalhava.
Leonardo trabalhava como mecânico de bicicletas num comércio em Alcântara, em São Gonçalo e atuava como baterista na Primeira Igreja Batista Recanto das Acácias. Nas horas vagas, o jovem alimentava a paixão pelo ciclismo. Apesar da rotina caseira que vivia, na última segunda-feira (04), o jovem não deixou de ser levado por agentes da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) que cumpriam um mandado de prisão endereçado a Leonardo.
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O mandado foi expedido pela 4° Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo. Conforme a ordem de prisão, o gonçalense é acusado de cometer um crime de homicídio que ocorreu em 13 de junho de 2022. No caso, Leonardo está sendo apontado de participação da morte de Adriano Gonçalves de Oliveira, morto em Guaxindiba. Na ocasião, o corpo da vítima foi carbonizado.
Entre as contraposições, a família considera duas situações que podem explicar o equívoco. Uma delas é que o filho esteja sendo confundido com o irmão por parte de pai, o Marco Antônio, também conhecido como Sabiá. O apelido do irmão também aparece no registro de ocorrência associado ao nome de Leonardo.
O irmão do jovem, ao contrário de Leonardo, possuía antecedentes criminais e integrava o tráfico de drogas de Guaxindiba, no mesmo bairro onde ocorreu o homicídio qualificado que tem sido associado ao nome de Leonardo. Marco Antonio, no entanto, morreu em junho de 2021.
Outra hipótese levantada pela família, é a de que Leonardo pode ter sido apontado por testemunhas após ter sua foto retirada do banco de dados do Detran, em sede policial. Segundo Nádia, desde a prisão do jovem, que completa uma semana nesta segunda-feira (11), não foi concedido o direito de ligação ao jovem. Leonardo foi levado para o presídio de Benfica, onde tem permanecido incomunicável.
Familiares pedem por justiça
Além da impotência por não poder tirar de imediato o filho do presídio, os familiares têm lidado com os custos para a contratação de um advogado que possa atuar no processo de defesa do jovem. Para auxiliar na soltura de Leonardo, os parentes do baterista pedem por contribuição com qualquer quantia na vaquinha criada.
O segundo mais velho de quatro filhos, Nádia Gonçalves, enfatiza o bom convívio que sempre estabeleceu com o filho: ‘’Filho obediente, rapaz tranquilo, não tem vícios, não sai para bailes, é um menino caseiro’’, contou.
Interessados em contribuir, podem acessar a vaquinha por meio deste link.