Corpo de menina espancada pelo pai é sepultado em Niterói
Familiares e amigos estiveram no Cemitério do Maruí, no Barreto, nesta quarta-feira (13), para prestar as últimas homenagens a Aoulath Alyssah, de 8 anos
O corpo da menina Aoulath Alyssah Rodrigues Damala, de 8 anos, morta pelo próprio pai em Niterói, na noite da última segunda-feira (11), foi sepultado no início da tarde desta quarta-feira (13), no Cemitério do Maruí, no Barreto. A criança foi espancada pelo pai, o estudante de engenharia Ilias Olachegoun Adeniyi Adjafo, de 30 anos.
A mãe de Alyssah, familiares e amigos estiveram no local para prestar as últimas homenagens a pequena, mas não quiseram falar sobre o caso.
O cortejo foi marcado pela emoção de parentes, que caminharam em silêncio até o local do sepultamento. Apesar da família ser do Benin, na África, a criança era brasileira e morava com o pai na comunidade Boa Vista, em Niterói, a cerca de seis meses.
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Relembre o caso
A menina Aoulath Alyssah Rodrigues Damala, de 8 anos, foi morta espancada na comunidade Boa Vista, em São Lourenço, Niterói, no final da noite da última segunda-feira (11). Seu pai é acusado pela morte. A perícia apontou que o corpo da menina apresentava inúmeras lesões provocadas por ação contundente nas costas, no tórax, nos braços e no peito.
A principal suspeita é de que uma lesão na coluna cervical seja o motivo para a morte de Aoulatth Alyssah.
O pai da menina, Ilias Olachegoun, estava no Brasil desde 2014, porém, em 2015, sua ex-companheira e mãe de Alyssah, teria registrado um boletim de ocorrência por lesão corporal contra o suspeito. Ela estava em São Paulo quando soube da morte da filha.
Investigação
A professora da escola onde a menina estudava também deve prestar depoimento à polícia nos próximos dias. Mesmo com a prisão do principal suspeito, o caso segue sendo investigado.
Um dos intuitos de se escutar a profissional da educação é apurar se o que foi dito pelo pai a uma testemunha é verdade. O acusado teria afirmado que ouviu uma reclamação da professora de sua filha a respeito de uma suposta "usurpação" de um objeto de uma colega de escola.
Outro objetivo do depoimento é investigar se houve algum tipo de negligência por parte da escola da menina, uma vez que a perícia apontou que o corpo de Aoulath Alyssah tinha marcas de agressões anteriores à data de sua morte.
Além da professora, outras pessoas próximas à vítima devem ser ouvidas pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG).
*Estagiária sob supervisão de Thiago Soares