Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,6788 | Euro R$ 6,1388
Search

Cantora relata que funcionária de aeroporto queria revistar seu cabelo no Rio

Luciane Dom estava a caminho de São Paulo e já tinha passado por scanner corporal; A Infraero afirma que ela foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual e que ela não foi revistada no cabelo

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de dezembro de 2023 - 17:56
Cantora diz que black power foi revistado em aeroporto do Rio
Cantora diz que black power foi revistado em aeroporto do Rio -

Uma cantora usou as redes sociais para denunciar que uma funcionária do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, disse que seu cabelo teria que ser revistado nesta quinta-feira (14). Luciane Dom disse que já tinha colocado a mala no scanner, e também tinha passado pelo scanner corporal.

"Chego no aeroporto Santos Dumont e sou parada por uma 'revista aleatória', minutos antes de embarcar", contou a artista.

Segundo ela, uma funcionária se aproximou e disse que teria que revistar seu cabelo, que é black power.


Leia mais

Mega da Virada: Já imaginou acordar milionário?

Profissionais da Educação do Estado vão receber Abono Fundeb


"A mulher me diz 'tenho que olhar seu cabelo'. Eu olho pra ela aterrorizada com a violência desse ato. Ela chama o superior. Meu dia acabou", continuou o relato.

"As coisas nunca são suaves para pessoas como eu. Queria ao menos ter ânimo e cabeça pra continuar divulgando o som e falando o que eu tava falando durante a semana.. queria estar leve! Mas não", lamentou Luciane.

A música da cantora, "É Natal", será lançada nesta sexta-feira (15). A artista fez a viagem para trabalhar em um musical em São Paulo.

"A gente vive em uma estrutura racista. Fere a nossa dignidade. Revistaram a minha mala, o scanner não apitou nada. A gente está em 2023, a parada parece que não muda. Não quero me sentir adoecida por isso. É muito cruel", concluiu.

A cantora e compositora recebeu apoio de internautas depois do relato, assim como foi alvo de comentários racistas.

Em nota, a Infraero disse que Luciane foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual e que foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve revista nos cabelos.

"Importante ressaltar que a inspeção de segurança aleatória é independente de origem, raça, sexo, idade, profissão, cargo, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro", afirmou o comunicado.

"A Infraero reitera que repudia quaisquer formas de discriminação, que comportamentos como injúria racial e racismo não são tolerados nos aeroportos sob sua administração e está à disposição das autoridades competentes para os esclarecimentos que façam necessários", completou.

Matérias Relacionadas