Motoristas de aplicativo causam polêmica com taxa extra para ligar ar-condicionado; entenda!
Usuários estão utilizando das redes sociais para expor as cobranças adicionais que motoristas estão praticando para ligar o ar-condicionado
Com temperaturas chegando aos 40°C nas últimas semanas, a prática de cobrar um valor adicional para que o ar-condicionado seja ligado durante as viagens com carros de aplicativo, tem gerado revolta na internet. A exigência dos condutores se dá por conta do gasto extra pelo uso do ar.
Na grande maioria dos casos, a cobrança é feita de forma indireta com uma plaquinha virada para o banco traseiro, constando o valor e o número do pix em que deve ser enviada a taxa.
Em algumas corridas, o motorista até mesmo se nega a ligar o sistema, alegando que o ar-condicionado só pode ser ligado na modalidade Comfort, em que os carros são mais confortáveis e as corridas mais caras.
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Nesta quinta-feira (14), um influenciador compartilhou no X (antigo Twitter), que ao pedir um carro de aplicativo, teria se surpreendido ao descobrir que para usufruir do ar condicionado, teria que pagar uma taxa extra de R$4,00, além do valor da corrida.
"Simplesmente entrei num uber que estava COBRANDO AR CONDICIONADO", expôs o influenciador em sua rede social.
Um outro caso, que ocorreu na última terça-feira (12), foi divulgado pela advogada Karina Bruno, que também foi surpreendida ao encontrar o informe de cobrança da taxa para ar-condicionado no interior do veículo.
"Eu já peguei UberX algumas vezes e eles sempre dizem que o ar-condicionado só liga no Comfort. Hoje eu chamei um Uber e era um horário de muita demanda. O valor do UberX que eu pedi estava o mesmo que costuma ser com Uber Comfort. Eu entrei no carro e os vidros estavam abertos com esse comunicado nos bancos, dizendo que o ar-condicionado não podia ser ligado, ainda cobrando uma taxa mínima de R$5,00", contou Karina em entrevista ao portal g1.
Em nota, a Uber negou qualquer orientação de cobrança extra para o motorista ligar o ar-condicionado e informou que nenhuma taxa deve ser paga pelo usuário fora da plataforma. Confira a nota na íntegra.
"A Uber esclarece serem inverídicas mensagens que afirmam ser orientação da empresa a proibição do uso de ar-condicionado em viagens, em qualquer modalidade. Cobranças adicionais realizadas fora da plataforma da Uber não devem ser aceitas por usuários, pois representam violação às regras de segurança do Código da Comunidade Uber e podem levar à desativação da conta do motorista parceiro envolvido.
O ar-condicionado faz parte dos requisitos para o cadastro de automóveis na plataforma da Uber, em todas as modalidades de viagens (UberX, Comfort, Black etc.). Entretanto, não existe obrigatoriedade nem proibição, por parte da Uber, de seu uso durante as viagens, independentemente da modalidade. A temperatura do veículo, assim como outros aspectos como rádio/música, fazem parte das preferências de viagem que podem ser combinadas mutuamente entre o motorista parceiro e o usuário para uma viagem confortável para todos.
Informações complementares:
Tanto o parceiro quanto o usuário podem cancelar uma viagem e reportar ao suporte caso não se sintam confortáveis com alguma situação, e também contamos com o sistema de avaliação mútua em que a experiência em cada viagem pode ser avaliada por ambas as partes, com o objetivo de tornar as viagens cada vez melhores para toda a comunidade.
É importante reforçar que o Código da Comunidade Uber estabelece que o motorista parceiro deve realizar manutenção para garantir as condições de funcionamento de todos os itens do veículo, incluindo aqueles exigidos pela legislação.
Durante o período da pandemia de Covid-19, especificamente, a Uber implementou uma política de segurança, baseada nas orientações da Organização Mundial da Saúde, que recomendava desligar o ar-condicionado e abrir as janelas do carro para melhor ventilação durante as viagens. Essa política foi posteriormente revisada conforme a atualização das diretrizes pelas autoridades de cada local, e encerrada definitivamente quando a OMS declarou o fim da emergência de saúde pública."