Sobe número de pessoas que se autodeclararam pretas ou pardas no RJ
Em São Gonçalo, 45,9% dos habitantes se consideram pardos e 17% pretos
O número de pessoas que se autodeclararam pretas ou pardas no Estado do Rio de Janeiro cresceu, de acordo com Censo Demográfico 2022, divulgado nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A quantidade de pessoas que se declaram pretas aumentou 3,78%, enquanto a de pessoas que se consideram pardas subiu 2,29. Já o número de pessoas que se autodeclaram brancas caiu 5,8%, passando de 47,42% para 41,62%.
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Em São Gonçalo, 45,9% dos habitantes se consideram pardos e 17% pretos. Brancos são 36,9%. Em Niterói esse cenário é bem diferente: brancos são a maioria, com 57,2% da população; pardos somam 30% e pretos 12,5%.
No estado, pretos e pardos são a maioria da população, somando quase 58% dos habitantes. Na capital, pretos e pardos também somam maioria, com mais de 54% da população. Com esses números, o estado é o segundo mais negro do País, ficando atrás apenas da Bahia.
Em 2022, cerca de 92,1 milhões de pessoas se declararam pardas, o equivalente a 45,3% da população do país. Desde 1991, esse contingente não superava a população branca, que chegou a 88,2 milhões (ou 43,5% da população do país). Outras 20,6 milhões se declaram pretas (10,2%), enquanto 1,7 milhões se declararam indígenas (0,8%) e 850,1 mil se declaram amarelas (0,4%).
Em relação a 2010, a população preta aumentou 42,3% e sua proporção no total da população subiu de 7,6% para 10,2%. A população parda cresceu 11,9% e sua proporção na população do país subiu de 43,1% para 45,3%. Houve, ainda, aumento de 89% da população indígena, com sua participação subindo de 0,5% para 0,8%.A participação da população branca recuou de 47,7% em 2010 para 43,5% em 2022.
“Desde o Censo Demográfico de 1991, percebe-se mudanças na distribuição percentual por cor ou raça da população, com o aumento de declaração por cor ou raça parda, preta e indígena, decréscimo para a população branca”, explica Leonardo Athias, analista do IBGE.