Rio Transplantes capta primeiro coração do ano no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama
Hospital também captou pâncreas, rins, fígado e córneas
O primeiro coração captado este ano pelo RJ Transplantes saiu do Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama. A equipe, que também captou pâncreas, rins, fígado e córneas de um paciente que teve morte encefálica confirmada esta semana, contou com o apoio de um helicóptero da secretaria estadual de Saúde.
Profissionais que integram a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do hospital acolheu a família do paciente – que pediu para o seu nome não ser divulgado assim como município de origem -- desde a abertura do processo de morte cerebral. Após a realização dos exames exigidos e a assinatura dos médicos no laudo, a doação foi solicitada e autorizada pelos parentes.
"Somos muito grato à família que optou pela doação dos órgãos do ente querido. Quando uma família diz sim à doação de órgãos, ela proporciona uma segunda chance de vida para outras pessoas", garante Michele Guedes, coordenadora do CIHDOTT do Hospital Estadual Roberto Chabo.
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A unidade de saúde, referência no atendimento a pacientes com múltiplos traumas para nove municípios da Região dos Lagos, ocupou o primeiro no ranking de captação de órgãos na região. Em seguida ficaram as cidades de Campos, Macaé, Itaperuna, Maricá, Bom Jesus, Cabo Frio e Saquarema.
Em 2023, o Hospital Roberto Chabo realizou 40 notificações sobre possíveis doadores ao Rio Transplantes. Deste total, 15 familias disseram sim a doação. “Conseguimos avançar e muito no ano passado. Os órgãos captados na unidade beneficiaram cerca de 200 pessoas que aguardavam na fila do transplante”, garante Michele Guedes.
Histórico
Em maio do ano passado, o Hospital Estadual Roberto Chabo, realizou - pela primeira vez - uma captação de pulmão. Uma verdadeira força-tarefa foi montada logo após o início do protocolo de morte cerebral de uma estudante do curso de administração vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O procedimento, considerado de altíssima complexidade, também recebeu apoio do helicóptero do RJ Transplantes. A logística contou, ainda, com apoio de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da equipe administrativa do hospital.
Além do pulmão, a equipe de transplante também fez a captação de coração, fígado, pulmões, rins, córneas e ossos. Todos os órgãos captados foram doados para pacientes que necessitam de um transplante e estavam aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.