Ilha, UPM e Império Serrano largam na frente em busca do acesso (saiba como foi)
Desfiles da Série Ouro se encerraram na Sapucaí na madrugada deste domigo (11). União de Maricá fez boa estreia e Acadêmicos de Niterói deve estar entre as 6 primeiras
No Carnaval de emoções, com muito samba, suor e alegria, terminaram, na madrugada deste domingo (11) os desfiles da Série Ouro na Marquês de Sapucaí. Pode se dizer que foi um 'esquenta' 'morno' para o que virá logo mais no Grupo Especial. Com maiores investimentos, organização, trabalho permanente e equipes qualificadas, União da Ilha, Unidos de Padre Miguel e Império Serrano 'sobraram na turma ' e confirmaram as projeções de favoritas, se credenciando a disputar a única vaga na chamada elite do Carnaval.
Para os sambistas 'do lado de cá' da baía, ficou a sensação de dever cumprido na Série Ouro. A estreiante União de Maricá e a tradicionalíssima Acadêmicos de Niterói fizeram desfiles dignos e mesmo com os problemas comuns à maior parte das 16 desfilantes da Série Ouro, devem estar em posições intermediárias e projetam a permanência nos desfiles de sexta e sábado em 2025.
Desfiles de sexta-feira - Mais uma vez, marcados por apresentações irregulares e muitos 'claros' nas arquibancadas. Canto e evolução iregulares e fantasias e alegorias 'modestas' resumem, de forma geral, o que foi a primeira noite, com a passagem da Parque Acari, Império da Tijuca, Vigário Geral, Inocentes de Belford Roxo, Estácio de Sá, União de Maricá, Acadêmicos de Niterói e Unidos da Ponte.
A Estácio, que era cotada nos bastidores como uma das favoritas ao título, trouxe uma estrutura maior, mais deixará de conquistar décimos preciosos na apresentação do enredo "Chão de Devoção: Orgulho Ancestral", com críticas à escravidão. A escola 'estourou o tempo de desfile, passando um minuto a mais do que os 55 exigidos no regulamento. E problemas no carro de som no início do desfile também comprometeram a apresentação. Um princípio de incêndio em uma alegoria, no fim do desfiles, logo resolvido pelo Corpo de Bombeirps, terminou de por 'água no chope' da escola, que viu as projeções de favorita ruirem.
Desfiles de sábado - Passaram pela Sapucaí na segunda parte do espetáculo Sereno de Campo Grande, Em Cima da Hora, Arranco, União da Ilha, Unidos de Padre Miguel, São Clemente, Unidos de Bangu e Império Serrano. Com as arquibancadas mais cheias do que na noite anterior, as primeiras desfilantes até tentaram se superar, mas esbarraram em problemas de canto e evolução iregular. Mas o nível subiu muito com a passagem da União da Ilha, que fez o 'dever de casa' e cruzou muito bem a Sapucaí na apresentação do enredo "Doum e Amora: Crianças para transformar o mundo!.
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A boa performance já era esperada, graças aos altos investimentos, superiores a R$ 2 milhões e a manutenção de profissionais de escolas do Grupo Especial do Rio. Desfilar bem era ponto de honra para a Tricolor Insulana, uma as favoritas à elite. Destaque para a bateria e o veterano Nêgo, um dos mais consgrados intérpretes do Carnaval carioca, que parece melhor a cada ano.
A Unidos de Padre Miguel, mais uma vez, aparece como favorita. Mais uma apresentação arrebatadora. Os sambistas da Zona Oeste cumpriram o 'dever de casa' e ficaram esperançosos em mais uma vez, quebrar o estígma de a escola não subir por não ter a linha de direção política alinhada com o alto comando da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesa). Grande apresentação para o enredo 'O redentor do sertão'.
Depois da passagem das duas, a temperatura ficou novamente 'morna' com a passagem da São Clemente e Unidos de Bangu, com problemas de acabamentos em alegorias, canto e evolução. Mas a Império Serrano, fechou com 'chave de ouro' os desfiles da Série Ouro, exaxtamente por ter conseguido trazer uma estrutura maior de desfile, herdada do Grupo Especial, no Carnaval de 2023. A verde e branca da Serrinha também apostou em um enredo afro e de louvação aos orixás: “Ilú-ọba Ọ̀yọ́: a gira dos ancestrais”.