Sexo frágil? Que nada! Empoderadas, elas fortalecem o físico e potencializam o amor próprio
Mulheres fortes em suas muitas versões, as alunas de crossfit Louisi, Juliana e Julia equilibram carreira, vida pessoal e atividade física em suas jornadas diárias
Sexo frágil? Será mesmo?
Ao longo dos anos esse estereótipo, atribuído às mulheres como uma forma pejorativa de classificá-las, foi perdendo o espaço, juntamente ao empoderamento feminino que vem se perpetuando, dia após dia, nas relações e vivências das mulheres ao redor do mundo.
Fortes e resilientes física e mentalmente, as mulheres se mostram cada vez mais preparadas para encarar os desafios propostos não só pelo mercado de trabalho, como também na maternidade e na vida pessoal. Junto a essa versatilidade feminina, muitas mulheres buscam encontrar o equilíbrio também tratando como prioridade o auto cuidado e a prática de atividades que atuem em conjunto com o corpo e a mente.
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Neste 8 de março, em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, O SÃO GONÇALO entrevistou três mulheres, alunas de crossfit do CF NIT, que refletem perfeitamente a força feminina que abrange suas inúmeras versões.
Formada em nutrição, a gonçalense Louisi Mattos, de 28 anos, divide sua rotina em uma tripla jornada entre o trabalho, os cuidados com o filho Jorge, de 3 anos, e o amor pelo crossfit.
"Eu sempre tratei depressão e ansiedade e uma das minhas recomendações médicas foi procurar uma atividade física que eu realmente conseguisse me prender. O crossfit foi amor a primeira vista, no meu primeiro treino já fiquei apaixonada e sigo até hoje. Eu me divido entre o cuidado com meu filho e alguns trabalhos extras que eu faço. Também tiro meu tempo para o treino, que é sagrado", afirmou Louisi.
Mesmo no século XXI e com tantas evoluções vistas no mundo todo, a maneira de enxergar a mulher ainda reflete uma sociedade com traços machistas, que por muitos anos atribuiu discursos misóginos ao sexo feminino. O tabu quebrado diariamente por mulheres empoderadas também escancara as dificuldades encontradas, como o preconceito em suas mais diversas faces.
"Eu treinei a minha gestação toda, então sentia esse preconceito desde então, por ter tido esse cuidado com o corpo e hoje em dia ainda me dividir entre a maternidade e o treino. Escuto que passo muito tempo aqui, que estou ficando forte demais, que posso ficar muito masculinizada, então é uma luta diária para quebrar essas barreiras, de que não é só sobre a parte estética, eu por exemplo estou aqui mais pra cuidar da minha saúde mental do que só essa parte que as pessoas enxergam", declarou Louisi Motta.
Esporte e auto estima
Desde a diminuição de fatores como ansiedade, até melhoras nas condições de sono, autoestima e prevenção de doenças, a atividade física se tornou ponto chave na vida de algumas mulheres como a profissional de educação física Juliana Melato, de 38 anos.
Moradora de São Gonçalo e mãe de Matheus, de 22 anos, a aluna de crossfit trata o cuidado com o corpo como uma verdadeira missão.
"Eu já venho do esporte há alguns anos e posso dizer que essa prática só agrega mais ao desempenho e auto estima. Minha rotina é intensa, e ainda treino duas vezes ao dia, porque além do crossfit eu tenho também o poli dance, fora outros esportes que eu tento sempre encaixar no meio", contou Juliana.
Constância e resiliência
Na sociedade contemporânea, muitos são os empecilhos para a prática de exercício por parte das mulheres, muitas vezes justificados pela falta de tempo, ou até mesmo pela priorização em desempenhar funções para terceiros, fazendo com que não se enxerguem como prioridade, o que resulta na falta de cuidado com a saúde de maneira integral.
"Sempre fui muito sedentária e não conseguia achar nenhum esporte que me atraísse por muito tempo e no crossfit eu consegui me manter. Eu antes para subir escada ficava ofegante, até questão de saúde mesmo, porque eu tenho ovário policístico e foi a atividade física que conseguiu tratá-lo", afirmou a empresária Julia Contrera.
Grávida de cinco meses e mãe de primeira viagem da Maria Laura, Julia continua frequentando as aulas do crossfit religiosamente. Para ela, a gravidez foi um combustível a mais para que o cuidado com o corpo fosse mantido.
"A gente também não pode deixar de falar da questão estética, que afeta muito a gente. Durante a pandemia eu ganhei 10kg e foi com a ajuda do crossfit que eu estava conseguindo perder, porque agora com a gravidez a gente não tá mais pensando nisso. Aqui faço as atividades adaptadas à minha gestação, tenho todos os cuidados necessários", contou Julia.
Liderança, Ativismo, Resistência e Resiliência
A representatividade do dia 8 de março traz uma reflexão sobre a luta, as conquistas e os direitos das mulheres ao longo dos anos, principalmente por igualdade e respeito.
O pensamento do gênero feminino numa construção social que remete à submissão deu lugar a independência e ao empoderamento, que são combustíveis para que mulheres possam se tornar cada vez mais fortes.
No Dia Internacional da Mulher, é importante lembrar que pilares como liderança, ativismo, resistência e resiliência mostram a força feminina diante da luta persistente pela plena liberdade, que segue sendo uma batalha crucial e em constante evolução.