Ex-mulher de Lulinha registra denúncia alegando ser vítima de violência doméstica
Defesa nega as acusações
Filho caçula do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Luís Cláudio Lula da Silva, de 39 anos, o Lulinha, é acusado de agressões frequentes pela médica Natália Schincariol, com quem se relacionou por cerca de dois anos, até os supostos episódios de violência doméstica terem se intensificado.
A médica registrou boletim de ocorrência eletrônico contra Luís Cláudio na tarde de ontem (2/4), na Delegacia da Mulher, no Cambuci, em São Paulo. Na sequência, ela prestou depoimento por videoconferência.
O documento elencou alguns "episódios de violência", indicando que a mulher ficou "afastada do trabalho por um mês devido ao trauma causado pelas agressões" e foi "hospitalizada com crises de ansiedade".
Natália também relatou receber ameaças e ofensas constantes. O marido a teria chamado de 'doente mental, vagabunda, louca'. Ainda alegou ser alvo de difamação e calúnia. Com relação à agressão física por ela atribuída ao filho do presidente, Natália disse ter recebido uma 'cotovelada na barriga' ao recusar entregar seu celular ao marido.
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O boletim de ocorrência também registra que o empresário teria "mantido relações sexuais com outras mulheres de forma desprotegida, contraído infecção e exposto a ex a risco conscientemente".
A vítima afirma ainda que tem sido “manipulada” e “ameaçada” para não denunciar as agressões, sob a alegação de que o agressor é filho do presidente e que “possui influência para se safar das acusações”.
Em nota, a advogada Carmen Tannuri, que defende Luís Cláudio, nega as acusações. Alegou, ainda, que as "mentiras" da médica são enquadráveis como calúnia e que serão tomadas "as medidas legais pertinentes".