Servidores do Colégio Pedro II iniciam greve por tempo indeterminado
UFF, UFRJ, UFRRJ e Unirio têm atividades paralisadas desde o mês passado
Servidores do Colégio Pedro II iniciaram, nesta quarta-feira (3), uma greve por tempo indeterminado. Os funcionários reivindicam melhores salários e a contratação de mais colaboradores como assistentes sociais, bibliotecários e orientadores educacionais.
A paralisação é realizada nas 15 unidades da instituição, incluindo a de Niterói. Cerca de 12 mil estudantes, da educação infantil até o ensino superior, devem ser afetados pela greve. Além do Pedro II, outras instituições federais como a UFF, UFRJ, UFRRJ e Unirio têm atividades paralisadas por conta da mobilização nacional.
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Um ato conjunto reunirá servidoras e servidores públicos federais no Centro do Rio, nesta tarde (3). Manifestações também estão convocadas para outros estados.
"O protesto buscará expor as pautas da greve e da campanha salarial unificada do funcionalismo público federal. Pautas que envolvem da recomposição de salários, que acumulam perdas nos últimos anos que chegam a ultrapassar 50%, à defesa de recursos que permitam o funcionamento adequado e digno dos serviços públicos federais", diz nota do Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (Sindscope).
O sindicato também convocou os servidores para a primeira assembleia da categoria em meio à paralisação, que será realizada presencialmente nesta quinta-feira (4), a partir das 9 horas, no campus Tijuca II.
Segundo o calendário escolar, as aulas no Pedro II começariam na última segunda-feira (1º). De acordo com familiares de alunos ouvidos pelo G1, as estudantes só tiveram um dia de aula no ano letivo.
A Procuradoria da República no Rio de Janeiro informou que o Ministério Público Federal fará uma reunião sobre a greve com a reitora da instituição, a Professora Ana Paula Giraux Leitão, na quinta-feira (4).
Governo
Contatado pela Agência Brasil, o Ministério da Gestão informou que, em 2023, viabilizou, a partir de negociação com as entidades representativas dos servidores federais, reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio-alimentação.
“Esse foi o primeiro acordo para reajustes fechado entre o governo e servidores em oito anos”, destacou a pasta, ao acrescentar que, no segundo semestre de 2023, iniciou debate sobre reajuste para o ano de 2024.
Ainda de acordo com o ministério, como parte desse processo foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras.
“A recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal, para recuperar a capacidade de atuação do governo para a execução de políticas públicas, é pauta prioritária do Ministério da Gestão, que vem atuando dentro do possível e dos limites orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal”, informou o ministério.
No caso específico da carreira de técnicos-administrativos educacionais, dois ministérios (o da Gestão e o da Educação) criaram grupo de trabalho para tratar da reestruturação do plano para cargos técnico-administrativos em educação.
No dia 27 de março, o relatório final do grupo foi entregue à ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, para servir de “insumo” para a proposta de reestruturação de carreira que será apresentada na mesa de negociação.