No Dia Nacional da Biblioteca, conheça os espaços de leitura em funcionamento em SG
Data foi criada por meio de decreto presidencial em 1980
Nesta terça-feira (9), o Brasil comemora o Dia Nacional da Biblioteca. A data foi criada por meio do Decreto Nº 84.631, da Presidência da República, em 9 de abril de 1980. O decreto instituiu também, no País, a Semana Nacional do Livro e o Dia do Bibliotecário. Por este motivo, o dia 9 de abril é conhecido como o Dia Nacional da Biblioteca.
Segundo registros históricos, a primeira biblioteca pública do Brasil foi instalada na Bahia, em 13 de maio de 1811, três após a chegada da Família Real ao país. No entanto, segundo o site da Biblioteca Central da Universidade Federal do Pará (BC-UFPA), “costuma-se situar o surgimento a partir de 1549, com a instalação do Governo Geral, em Salvador, na Bahia”.
Quem não tem em sua memória afetiva lembranças de frequentar a biblioteca seja para pesquisas ou para leitura extra-classe? Em São Gonçalo, segundo maior colégio eleitoral do Rio de Janeiro, com quase 900 mil habitantes, a cena literária pode ainda estar longe do ideal.
O movimento mais recente de baixa nos espaços de cultura iniciou com força em 2017, com o encerramento das atividades do projeto Mais Leitura. Projeto desenvolvido pela Imprensa Oficial do Rio de Janeiro, consistia na vendas de livros com preços mais acessíveis que variavam de R$ 2 a R$ 9. O projeto foi inaugurado no Centro de São Gonçalo, em julho de 2016, depois de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e a Imprensa Oficial. Durou menos de um ano na cidade.
Em março de 2019, outra baixa. A população viu a única biblioteca pública da cidade fechar as portas, a princípio temporariamente. Inaugurada em 1942, a Biblioteca Municipal de São Gonçalo funcionava dentro do Centro Cultural Lavourão desde 1988. Disponibilizava um acervo com mais de 20 mil livros, atendia a população de uma forma em geral, servia como fonte de pesquisa e estudos para os então 122.507 alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio da rede municipal.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura da época, o motivo do fechamento foi porque o local recebia em média 20 pessoas por mês e os custos para manter a locação não compensava. A promessa de um novo espaço para realocar os livros foi cumprida seis meses depois, com a inauguração da Biblioteca Municipal Genebaldo Rosa, no Mutondo, sem, no entanto, a mesma visibilidade e acessibilidade já estabelecidas no Centro Cultural Joaquim Lavoura, o Lavourão.
Localizada na Travessa Uricina Vargas, 36, a nova biblioteca municipal funciona de segunda a sexta, de 9h às 17h e é aberta ao público. O município ainda conta com 44 salas de leitura distribuídas em Escolas Municipais de uso exclusivo dos alunos.
Bibliotecas do povo para o povo
A despeito de baixas e mudanças em espaços públicos de cultura, nos últimos anos, foram registrados alguns avanços a partir de iniciativas privadas.
É o caso da Jornateca Luís Gama, biblioteca comunitária criada por Bruno Policarpo, morador do Barro Vermelho que criou a biblioteca a partir de uma antiga banca de jornal. Fica na esquina das ruas Dr. Jurumenha e Ana Bignon. Funciona todos os sábados, das 9h às 14h.
Outra biblioteca comunitária que caiu no gosto dos leitores gonçalenses é a Biblioteca Carolina Maria de Jesus, inaugurada em abril de 2023, na Arte Galeria Box, por Adelino Góes, no Mutuá.
As doações e empréstimos são feitas sem qualquer custo. A estante comunitária fica na Avenida 18 do Forte, número 307. Funciona de segunda a sábado, das 09h30 às 18h, durante a semana e até às 14h no final de semana.
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