Sindicato em São Gonçalo volta a ter filas e protesto nessa segunda (15)
Trabalhadores disseram não ter tido respostas do Sindicato sobre cancelamento de taxa
Depois da enorme fila que parou o Mutondo na última sexta-feira (12), a calçada do Sindicato dos Empregados no Comércio de Gêneros Alimentícios (Secgal), em São Gonçalo, voltou a chamar a atenção de moradores da região nesta segunda (15). Trabalhadores se reuniram entre a manhã e a tarde para tentar uma resposta da sede sobre a contribuição sindical de R$ 29,90 sobre o contracheque.
O prazo para entregar a carta pedindo pelo cancelamento do desconto mensal na remuneração ia até este domingo (14), segundo o Sindicato. No entanto, trabalhadores que procuraram a sede durante o último final de semana disseram ter encontrado o espaço de portas fechadas. Isso teria motivado a manifestação desta segunda (15); um grupo de empregados do setor chegou a fechar parcialmente a Rua Dr. Nilo Peçanha, alegando não ter tido qualquer retorno do Sindicato.
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A Polícia Militar foi acionada. O Sindicato, no entanto, permaneceu fechado até a tarde. Mais tarde, o Secgal confirmou a nossa equipe que os funcionários que atendem na sede estiveram de folga nesta segunda (15), pois teriam trabalhado "até as 22:00, 23:00 horas por conta das filas". A previsão é de que o espaço funcione normalmente nesta terça (16).
A folga desta segunda (15) não foi informada nos meios oficiais do sindicato. Por conta disso, alguns empregados do setor estiveram na porta da sede, no Mutondo, para tentar receber atendimento e tirar dúvidas com o Sindicato, sem saber que não teriam retorno.
"Semana passada eu não pude vir porque tinha médico. A gerente me liberou para vir hoje, mas vou ter que pagar essas horas depois. E cadê? Ninguém nos atende aqui", conta Jacqueline Silva, de 48 anos, funcionária do setor de alimentícios que queria ter cancelado o desconto mensal na remuneração para contribuição sindical, mas disse só ter sido alertada sobre há poucos dias do fim do prazo.
A situação, segundo os trabalhadores, não é nova. Em junho de 2023, uma outra fila se formou na calçada da Rua Dr. Nilo Peçanha por conta dos atendimentos no Sindicato. "A gente vem entregar o raio da carta e não consegue. Ano passado eu cheguei aqui 15h e só fui sair daqui à noite, 20h40. A fila estava quilométrica. Tem que mudar, né? Todo ano a mesma coisa!", destacou Selma Veríssimo, de 49 anos.
Procurado, o Secgal alegou ter notificado lojas e RHs de empresas do município sobre o prazo para entregar a carta, que, segundo eles foi de 04/04 até 14/04. "O motivo das grandes fila é que várias pessoas deixaram para o último dia, para entregar sua carta de oposição", disse, em nota, o Sindicato.
O Sindicato disse ainda ter cumprido todos os requisitos legais para formalização da Convenção Coletiva de Trabalho. "No momento de receber as cartas temos que conferir todos os dados, pois se tiver alguns dados errado a empresa não aceita a carta e o empregado fala que a culpa é do sindicato, por exemplo: o empregado copia a carta do colega, acaba copiando o nome e documento do colega também, quando chega na empresa o nome na carta está errado, lógico que a empresa não irá receber a carta, por esse motivo e outros fizemos a conferência dos dados colocada nas cartas. Tínhamos diversas pessoas conferindo as cartas e outras diversas carimbando as cartas", alegou o Secgal.