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Justiça mantém prisão de Érika de Souza, acusada de levar o tio morto para pegar empréstimo

Sobrinha e cuidadora de Paulo Roberto Braga responde por vilipêndio de cadáver e por furto

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de abril de 2024 - 22:58
Foto do sistema prisional de Érika de Souza Vieira Nunes, suspeita de levar o tio morto ao banco
Foto do sistema prisional de Érika de Souza Vieira Nunes, suspeita de levar o tio morto ao banco -

Nesta quinta-feira (18), a Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão de Érika de Souza Vieira Nunes, sobrinha e cuidadora de Paulo Roberto Braga, que levou o tio já morto a um banco na Zona Oeste do Rio. Ela responderá pelos crimes de vilipêndio de cadáver (ato de desrespeitar, ridicularizar, ofender a honra do corpo de uma pessoa morta) e por furto.

A prisão de Érika foi convertida em flagrante em preventiva pela juíza Rachel Assad da Cunha. A magistrada descreveu como uma ação "repugnante e macabra" por parte da suspeita. Rachel Assad ainda disse que, mesmo que estivesse vivo, Paulo Roberto não teria condições de concordar com a solicitação de empréstimo: "A questão é definir se o idoso, naquelas condições, mesmo que vivo estivesse, poderia expressar a sua vontade. Se já estava morto, por óbvio, não seria possível. Mas ainda que vivo estivesse, era notório que não tinha condições de expressar vontade alguma, estando em total estado de incapacidade."

Assad ainda pontuou que, na visão dela, Érika teve clara vontade de obter dinheiro: "Tudo a indicar que a vontade ali manifestada era exclusiva da custodiada, voltada a obter dinheiro que não lhe pertencia, mantendo, portanto, a ilicitude da conduta, ainda que o idoso estivesse vivo em parte do tempo"

A defesa de Érika diz que o idoso de 68 anos chegou vivo ao banco. O caso é investigado pela 34ª DP (Bangu).


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